Parentes não acreditam na versão de que neto matou pais e se suicidou. Processo que pede novas investigações foi encaminhado na quarta-feira.
Foto: g1.globo.com O envio do processo de Marcelo Pesseghini para a Vara da Infância e Juventude de São Paulo, na última quarta-feira (11), foi visto como uma "pequena vitória" para os parentes do menino, que moram em Marília (SP). A família pediu um novo inquérito após contestar a versão apresentada pela polícia.
Em entrevista ao G1 nesta sexta-feira (13), a avó paterna de Marcelo acredita que a possibilidade de uma investigação mais profunda possa representar uma reviravolta no caso. "Para mim, ninguém acredita que o Marcelo tenha feito isso. Ele era só uma criança. A transferência do processo para a Vara da Infância mostra que o caso foi mesmo mal contado e que o verdadeiro criminoso está solto", afirma Maria José Uliana Pesseghini.
Com o envio do processo para a Vara da Infância, uma nova investigação poderá ser iniciada e poderia confirmar se há ocorreram mesmo os erros apontados pela defesa no laudo divulgado pela polícia. Segundo a avó, "o juiz podia ter arquivado o processo e deixado tudo como está. Então, como a advogada disse para a gente, foi uma pequena vitória para descobrir quem realmente fez isso".
Moradora de Marília desde 2001, a aposentada de 62 anos, conta que neto tinha rotina diferente na cidade quando visitava os familiares e que era muito querido por onde passava.
"Ele brincava muito na rua quando vinha para Marília e todos gostavam muito dele. Por ter sido sempre muito amoroso e por conhecermos o relacionamento dele com os pais é que sabemos que isso não aconteceu", afirma.
Segundo a aposentada, apesar de passado quase um ano do caso, a rotina dela e do marido ainda não voltou ao normal e as perguntas sobre o que realmente teria acontecido na casa do filho são frequentes.
"Ainda estamos nessa incerteza de não saber o que aconteceu lá dentro. As coisas deles estão aqui e me dá vontade de chorar sempre que vejo. É uma fase que não passa e acho que não vai passar nunca", comenta Maria.
Fonte: g1.globo.com
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