Categoria Geral  Noticia Atualizada em 03-07-2014

Unesp cria substância que mata mosquito da dengue
Bactéria derivada do solo contaminado por petróleo pode repelir e matar o Aedes aegypti
Unesp cria substância que mata mosquito da dengue
Foto: diariosp.com.br

Pesquisadores da Unesp de Rio Claro (SP) anunciaram a criação de uma substância capaz de repelir e matar o mosquito da dengue na fase larval e adulta. Ainda é preciso baratear os custos de produção para que o produto possa ser comercializado. A fórmula tem como base uma bactéria retirada do solo contaminado com petróleo, a qual foi encontrada enquanto biólogos buscavam um princípio ativo na natureza para desenvolver um detergente biológico.

"As larvas precisam se manter na superfície para respirar. O que mantém essas larvas na superfície é a tensão da água. Esse produto que aplicamos reduz a tensão, então o mosquito não consegue respirar e morre. Com relação aos adultos, o produto acaba quebrando a cutícula do mosquito, o levando à morte", explicou o biólogo Vinícius Luiz da Silva. A bactéria Pseudomonas aeruginosa LBI foi encontrada em um antigo posto de combustíveis e era estudada há 17 anos.

"A partir do momento que conseguimos novas ferramentas para controlar esse mosquito, vamos diminuir a quantidade de adultos no ambiente e, com isso, diminuir as chances de transmissão do vírus para outras pessoas", relatou o especialista em parasitologia Cláudio José Von Zuben.

A descoberta foi evidenciada com testes realizados com ratos anestesiados. Em um vídeo da Unesp, há dois roedores, o que está com o repelente não é picado pelo Aedes aegypti, transmissor da dengue, enquanto o que está sem o produto está rodeado de mosquitos, que o atacam.

O processo de produção da fórmula que afasta e mata os mosquitos é caro. Dez miligramas da substância custam cerca de R$ 1,4 mil. Por este motivo ainda não há previsão de lançamento da substância no mercado. "A gente está desenvolvendo novos métodos de produção para tentar reduzir o custo final, tanto da produção, como da purificação do produto", explicou a bióloga Roberta Barros.

Fonte: diariosp.com.br
 
Por:  Emella Simões    |      Imprimir