Categoria Geral  Noticia Atualizada em 04-07-2014

Veículos reclamam e Google restaura links de reportagens apagadas a pedido de usuários
Na última quinta-feira (3/7), o Google começou a restaurar links que haviam sido removidos de seus resultados de busca por conta do chamado "direito de ser esquecido" de usuários europeus. O jornal britânico The Guardian, o Daily Mail e a rede de TV BBC p
Veículos reclamam e Google restaura links de reportagens apagadas a pedido de usuários
Foto: portalimprensa.com.br

Segundo a Reuters, o Google tem avisado formalmente os veículos cujas publicações têm sido apagadas de suas buscas. O Guardian reportou o desaparecimento de uma série de reportagens sobre um árbitro de futebol escocês; um artigo sobre trabalhadores franceses fazendo arte com papéis adesivos; um homem acusado de fraude concorrendo a um cargo na Justiça; e uma semana de posts no blog do comentarista Roy Greenslade. O conteúdo ainda pode ser encontrado no site do jornal.

Por outro lado, uma matéria da BBC sobre Earnest Stanley ONeal, ex-presidente executivo do grupo Merrill Lynch, continua bloqueada entre os resultados do Google. Um texto do Daily Mail denunciando um suposto caso de racismo no processo seletivo de uma companhia aérea; uma história sobre um casal pego fazendo sexo num trem; e outra sobre o mesmo árbitro de futebol que foi assunto no Guardian também foram removidas.

A decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia diz que qualquer pessoa pode solicitar diretamente para um site de buscas que suas informações sejam ocultadas em resultados de pesquisa. Dessa maneira, a Justiça não precisaria analisar caso a caso pedidos de exclusão de conteúdo contra empresas como o Google. O site passa a ter a obrigação de excluir as informações imediatamente.

O serviço de buscas afirma que recebeu mais de 50 mil pedidos de "esquecimento" e que o processo de remoção ainda está em aprendizagem. O Guardian criticou a nova regra, afirmando que a decisão do tribunal europeu cerceia a liberdade de imprensa. "Essa norma cria um obstáculo para a liberdade de expressão - nosso jornalismo pode ser encontrado apenas até que alguém peça para que seja escondido. Os editores na União Europeia podem e devem resistir", publicou o jornal.

Fonte: portalimprensa.com.br
 
Por:  Emella Simões    |      Imprimir