Categoria Geral  Noticia Atualizada em 10-07-2014

Ban Ki-moon acusa Israel de usar força excessiva
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, classificou de "inaceitável" o uso da força militar do Israel contra a Faixa de Gaza e condenou os ataques com mísseis dos israelenses.
Ban Ki-moon acusa Israel de usar força excessiva

"O uso excessivo da força por Israel é inaceitável. O meu interesse é proteger os civis e os palestinos estão, mais uma vez, entre a irresponsabilidade do Hamas e a dura resposta de Israel", falou Ban Ki-moon durante o Conselho de Segurança da entidade nesta quinta-feira (10).

Ele ainda acrescentou que esse "é um dos testes mais críticos que a região enfrentou nos últimos anos e os civis estão pagando o preço do prolongamento do conflito", denunciou o secretário.

Ban Ki-moon também informou que telefonou para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e para o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas para pedir um cessar-fogo imediato.

Já o embaixador palestino na Onu, Ruyad Mansour, pediu que a entidade "aja rápido para proteger os civis". "O Conselho de Segurança da Onu deve agir para salvar a perspectiva de paz e segurança, se não, será cúmplice da morte de inocentes. A ocupação israelense em Gaza constitui um crime de guerra", falou Mansour.

Por outro lado, o embaixador israelense, Ron Prosor, defendeu seu país dizendo que eles estão em uma "operação de autodefesa". "Nenhum país está sofrendo as ameaças que Israel está lidando. Enquanto eu falo aqui, outros cinco mísseis foram atirados contra Israel e, um deles, atingiu uma casa. Imagine se isso acontecesse em Nova York, Berlim ou Londres. Ninguém aceita ameaças contra seus cidadãos", rebateu Prosor.

Ajuda humanitária

A Caritas Jerusalém divulgou comunicado nesta quinta-feira para a agência do Vaticano, Fides, condenando "a violência contra inocentes, especialmente contra mulheres e crianças".

"A população de Gaza vive em uma situação dramática pelos embargos que sofre há 12 anos e os constantes conflitos nos últimos oito anos. Israel tem o direito de viver em paz e os israelenses viverem em segurança, mas esse direito jamais pode ser garantido pela guerra e pelas agressões contra pessoas inocentes", escreveu a entidade.

A organização ainda afirmou que a única maneira de ter paz na região é "pela Justiça e pela resolução dos conflitos", que poderá acontecer quando for reconhecido o direito dos palestinos de viver em liberdade na própria terra e permitindo que Gaza se abra ao mundo.

A Caritas tem inúmeros projetos e atividades na região, incluindo uma clínica médica móvel e um centro de ajuda psicológica para crianças que tiveram membros amputados por culpa dos combates. Todas as atividades do grupo foram suspensas desde que os ataques começaram.

Fonte: jb.com.br
 
Por:  Emella Simões    |      Imprimir