Categoria Geral  Noticia Atualizada em 18-07-2014

Ucrânia e Rússia trocam acusações sobre a queda de avião
Suspeita é que o avião da Malaysia Airlines tenha sido derrubado. Comunidade internacional quer uma investigação independente.
Ucrânia e Rússia trocam acusações sobre a queda de avião
Foto: g1.globo.com

A suspeita é que o avião da Malaysia Airlines, que caiu com 298 passageiros, tenha sido derrubado. A comunidade internacional quer uma investigação independente - 298 pessoas estavam a bordo do avião.

Enquanto isso, parentes vão aos aeroportos de Kuala Lumpur na Malásia e a Amsterdã na Holanda, para buscar informações sobre o que fazer a partir de agora e também ainda há alguns corpos que não foram identificados. Duzentas e noventa e oito pessoas estavam a bordo do avião. A maioria era de holandeses - 154 passageiros.

Vinte e quatro horas depois da queda do avião começam a surgir as historias pessoais de cada uma das vítimas. Um professor universitário da Holanda era um dos maiores especialistas em AIDS. Ele viajava com um grupo de mais de cem pesquisadores e cientistas.
Um jornalista britânico trabalhava para a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Uma família australiana perdeu parentes nas duas tragédias da Malaysia Airlines, que aconteceram num intervalo de quatro meses.

Já uma família britânica escapou da morte por falta de assento no avião. Antes de embarcar, o jovem casal, que ia aproveitar as férias de verão na Indonésia, postou uma foto do avião.

O Boeing 777 sumiu dos radares enquanto sobrevoava a Ucrânia, a 50 quilômetros da fronteira com a Rússia. A guerra de versões começou imediatamente.

Tanto o governo ucraniano como os separatistas pró-Rússia, que estão envolvidos em combates na região, trocaram acusações de que o outro lado havia derrubado o avião.

O presidente russo, por sua vez, disse que a Ucrânia nunca deveria ter retomado operações militares na região e, por isso, tem culpa.

O cenário mais provável, segundo o governo americano, é que um míssil de fabricação russa tenha sido disparado do chão por um sistema de alta precisão e poder de destruição - conhecido como buk. Cada míssil tem cinco metros e meio de comprimento, 70 kg e viaja a 4.300 quilômetros por hora, mais de três vezes a velocidade do som.

O foguetechega a 22 mil metros de altura, sendo que o Boeing voava a dez mil metros. Seriam menos de dez segundos do disparo até o avião ser atingido. Técnicos e observadores europeus já estão no local da queda para fazer a perícia nos destroços.

A comunidade internacional exige uma investigação transparente para estabelecer as causas desse desastre aéreo, que lançou o conflito regional numa imensa crise global. O mundo espera respostas.

Segunda tragédia na Malásia em 4 meses

O sentimento na Malásia é de um pesar imenso. É a segunda tragédia aérea em quatro meses.

O país não tinha saído do luto pelos mortos, no desaparecimento de um Boeing, em março, e agora mais um pesadelo.

O primeiro-ministro da Malásia se disse em choque. O da Austrália, afirmou que não foi um acidente - e sim um crime. As reações por toda a Ásia foram muito fortes.
Especialmente na Malásia, de onde vem a dor de um pais inteiro, que ainda não se recuperou do desaparecimento do voo 370, também da Malaysia Airlines, em março.

Hoje no aeroporto de Kuala Lumpur, um aviso no painel de informação pedia orações para o voo MH-17. Alguns passageiros a bordo fariam apenas uma escala na Malásia: o destino final era a Austrália, onde participariam de uma conferencia sobre AIDS.

O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, acusou rebeldes apoiados pela Rússia de estarem por trás do ataque. O da Malásia, Najib Razak, pediu que os responsáveis sejam levados à justiça.

Várias companhias aéreas já evitavam sobrevoar aquela área, mas a Malaysia Airlines diz que seguia por aquela rota por não haver restrições de voo da Organização Internacional da Aviação Civil.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir