Categoria Geral  Noticia Atualizada em 26-07-2014

Desde morte de Eliza, primo de Bruno apresenta ao menos sete
Veja as mudan�as nos relatos de Jorge Luiz Rosa sobre o crime. Nesta sexta, buscas foram feitas em um terreno apontado por ele.
Desde morte de Eliza, primo de Bruno apresenta ao menos sete
Foto: g1.globo.com

Antes de Jorge Luiz Rosa, primo do goleiro Bruno Fernandes, procurar a pol�cia para indicar um terreno onde supostamente o corpo de Eliza Samudio teria sido enterrado, o jovem j� havia apresentado diferentes vers�es sobre o caso. Nesta sexta-feira (25), buscas foram feitas em um lote vago de Vespasiano, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, mas os restos mortais n�o foram localizados. Desde a morte da ex-amante do atleta, ele apresentou ao menos sete relatos diferentes sobre o assassinato.

As vers�es se contradizem. Por vezes, ele acrescentou elementos, em outras, retomou relatos anteriores feitos a autoridades e chegou at� mesmo a negar o que disse, alegando que teria sido pressionado pela pol�cia. Inicialmente, disse que o corpo teria sido esquartejado e jogado a c�es, e os ossos concretados. Agora, quatro anos ap�s a morte de Eliza, por querer dar o direito � m�e da jovem de enterr�-la dignamente, Rosa apresentou outra vers�o, com riqueza de detalhes. Mesmo depois de nada ter sido encontrado no novo local indicado pelo primo de Bruno, o advogado que acompanhou o rapaz em Minas diz que ele segue convicto desta �ltima vers�o.

Na �poca do crime, Jorge Luiz Rosa era menor de idade. Por envolvimento na morte, ele cumpriu medida socioeducativa. Veja os diferentes relatos.

Corpo jogado a c�es e ossos concretados
No depoimento dado � Pol�cia Civil do Rio Janeiro, logo ap�s o in�cio das apura��es sobre o desaparecimento de Eliza Samudio, em julho de 2010, Jorge Luiz Rosa contou detalhes sobre a morte da ex-amante do primo. Ele afirmou que, junto com a jovem e Luiz Henrique Rom�o � o Macarr�o � teria feito o trajeto entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais. Durante o percurso, ele disse que deu tr�s coronhadas em Eliza.

Bruno, segundo esta vers�o, teria chegado de t�xi ao s�tio dele na Regi�o Metropolitana da capital mineira, porque teria viajado de avi�o. Na ocasi�o, o jovem tamb�m relatou que o goleiro ficou na propriedade por duas horas e depois chamou um t�xi para lev�-lo at� o aeroporto, pois queria voltar para o Rio no mesmo dia.

Jorge Luiz Rosa contou que, no dia seguinte, ele, Macarr�o, Eliza e o filho dela entraram no carro de Bruno e seguiram rumo a Belo Horizonte. No ve�culo tamb�m estaria, segundo o jovem, S�rgio Rosa Sales, primo de Bruno assassinado antes de ser julgado pelo crime.
Rosa contou que chegaram a um local que se parecia com um s�tio e foram recebidos por um homem alto, negro, chamado Nen�m. O executor, como relatou Rosa, pegou Eliza, amarrou os bra�os dela com uma corda, deu uma gravata, e pediu para que todos deixassem o local.


O homem a quem Rosa chamou de Nen�m teria passado carregando um saco. Ele disse que viu quando a m�o de Eliza Samudio teria sido arremessada a cachorros rotweillers. Contou ainda que os ossos foram concretados no mesmo terreno em que ela foi morta.

Jorge diz que Bruno estava no s�tio
Dias depois, o jovem prestou outro depoimento contradizendo parte das declara��es que havia feito e complicando a situa��o do goleiro Bruno e de Macarr�o. Na segunda vers�o, dada � Promotoria da Inf�ncia e da Juventude do Rio, Rosa contou que Macarr�o disse que eles iriam pegar Eliza porque ela "estava dando muita aporrinha��o para Bruno por causa do filho que dizia ter com o goleiro".
Diferentemente do relato inicial, ele disse que ficaram por dois dias na casa do primo na capital fluminense e que o atleta estava no s�tio enquanto Eliza era mantida em c�rcere privado. Em rela��o ao momento do crime, ele disse que Macarr�o teria amarrado a m�o de Eliza. Depois do assassinato, Rom�o teria ligado para o executor, que teria contado que o corpo foi jogado para os c�es. Mas, como os animais n�o teriam comido toda a carne, parte dos restos mortais teriam sido concretados.

Jovem volta atr�s e confirma ter visto que m�o de Eliza foi jogada a cachorros
J� em Minas Gerais, ele prestou outro depoimento e retomou parte das declara��es. Rosa disse que n�o participou da morte da jovem, mas que esteve no local da execu��o, apontado como a casa de Bola. O ent�o menor teria ficado em um c�modo diferente de onde Eliza teria sido assassinada, mas ele disse que viu quando Bola arremessou a m�o dela aos c�es.

Primeiro depoimento � desmentido
No fim de julho de 2010, Jorge Luiz Rosa desmentiu o primeiro depoimento durante uma acarea��o entre ele o primo S�rgio Rosa Sales. Ele contou � pol�cia que esteve na casa de Bola havia dois anos com Macarr�o e que tinha apontado o suposto local do crime porque estava sendo pressionado pela pol�cia. Relatou tamb�m que n�o assistiu ao assassinato. Segundo a defesa do rapaz, ele tamb�m negou que o corpo de Eliza tivesse sido esquartejado. Nesta ocasi�o, ele tamb�m mudou a vers�o em rela��o � participa��o de Sales no crime, dizendo que ele sequer esteve em Vespasiano.
Jorge muda vers�o de como conheceu Bola
Em outubro daquele ano, ele mudou mais uma vez o relato sobre a morte da ex-amante de Bruno. Rosa contou que inventou a hist�ria de que o corpo da jovem teria sido devorado por c�es da ra�a rotweiller porque o pai cria c�es e que teria apontado o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos � o Bola � como um dos suspeitos do crime porque j� o conhecia e sabia que ele tamb�m criava cachorros. Ele continuou afirmando que teria sido pressionado pela pol�cia no primeiro depoimento.

Primo de Bruno mais uma vez volta atr�s
No ano passado, em entrevista ao Fant�stico, Rosa voltou atr�s, mais uma vez, e disse que teria contado que os restos mortais de Eliza teriam sido jogados para cachorros porque Luiz Henrique Rom�o havia lhe contado. "Que o Macarr�o me falou que tinha sido jogado, que tinha dado umas bicudas nela, antes dela morrer, antes de enforcar ela", afirmou.
Corpo enterrado em lote vago
Nesta �ltima quinta-feira (24), ap�s uma entrevista com Rosa ser veiculada por uma r�dio do Rio de Janeiro, o jovem contou uma vers�o em que o corpo teria sido enterrado em vez de esquartejado e jogado a c�es.

"Ele [Jorge] esclareceu que a Eliza Samudio foi levada por ele e pelo Macarr�o � casa do Bola, onde foi assassinada. O Bola teria dado uma gravata na Eliza, asfixiado ela at� a morte e depois decepou uma das m�os da Eliza. E depois disso, segundo a vers�o dele, enrolou o corpo e a m�o num len�ol e depois colocou no interior de um saco de cad�ver. (...) E depois foram para um lote vago, pr�ximo � casa do Bola, onde j� havia uma cova feita, um buraco profundo, aparentemente feito por uma retroescavadeira, segundo ele. E ali foi arremessado o saco contendo o corpo da Eliza. E, posteriormente, os tr�s � o Jorge, o Macarr�o e o Bola � teriam enterrado o corpo", relatou o delegado Wagner Pinto, respons�vel pelo depoimento do primo de Bruno Fernandes.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir