Categoria Geral  Noticia Atualizada em 29-07-2014

Acusados de violência em protesto atacaram sede do PSTU
Depredação foi em 1º de abril; na época, manifestantes negaram o ato. Para polícia do RJ, motivo foi disputa ideológica entre black blocs e partidos.
Acusados de violência em protesto atacaram sede do PSTU
Foto: g1.globo.com

O inquérito da Polícia Civil sobre atos violentos em protestos no Rio afirma que dois manifestantes que respondem por formação de quadrilha armada, Gabriel da Silva Marinho e Karlayne Moraes da Silva Pinheiro, a "Moa", estiveram presentes na tentativa de invasão da sede de um partido político na Lapa. No dia 1º de abril de 2014, após uma manifestação no Centro do Rio, a sede do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) foi atacada e depredada.


Os autores do ataque, segundo testemunhas e autos da Polícia Civil, seriam manifestantes adeptos da tática black bloc que não concordavam com a presença de militantes de partidos políticos nos protestos do Rio.

À época, o PSTU fluminense disse que 45 integrantes de diferentes grupos de manifestantes participaram da depredação do imóvel. A Frente Independente Popular (FIP), que reúne esses movimentos, repudiou as alegações (leia mais abaixo as versões).

Gabriel e Karlayne foram detidos no dia 12 de julho e tiveram a prisão temporária decretada, mas foram liberados após 5 dias na prisão por um habeas corpus concedido pelo desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal. Quando a prisão preventiva foi decretada, no dia 18 de julho, ambos se tornaram foragidos até o dia 23, quando um novo habeas corpus foi concedido, dessa vez para todos os 23 ativistas denunciados, que a princípio poderão responder o processo em liberdade – com exceção dos dois acusados de matar o cinegrafista Santiago Andrade, Caio Silva e Fábio Raposo, que seguem presos preventivamente pelo crime de homicídio.

De acordo com testemunhas ouvidas por agentes da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), agressões físicas e verbais entre manifestantes de ideologia anarquista e militantes de partidos políticos presentes nos protestos eram constantes. Segundo o inquérito, no dia 1º de abril black blocs entraram no prédio da sede do PSTU e intimidaram o porteiro para que abrisse a porta. Não conseguiram arrombar a porta da sala do partido, mas causaram depredação, lançando objetos e quebrando vidraças, e furtaram objetos – não especificados no documento. Em determinado momento, houve até uma briga entre eles, segundo os autos da Polícia Civil.

Entre os que invadiram o prédio, também estava um ativista que era menor à época da invasão e considerado pela Polícia Civil como um dos black blocs mais violentos. Os investigadores chegaram à participação deles graças a imagens de vídeo que mostram o momento da invasão do prédio. Segundo os autos, as gravações comprovam "mais uma vez a associação entre os manifestantes para a prática de crimes".

A advogada dos dois acusados, Raphaela Lopes, do Instituto de Defesa dos Direitos Humanos (DDH), não respondeu ao G1 até a publicação desta reportagem.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir