Categoria Geral  Noticia Atualizada em 31-07-2014

Mãe suspeita de matar a filha de seis anos ficará presa
Justiça de Cascavel aceitou pedido nesta quinta-feira (31). Mãe e amiga respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Mãe suspeita de matar a filha de seis anos ficará presa
Foto: g1.globo.com

A Justiça aceitou, nesta quinta-feira (31), o pedido de prisão temporária da mãe da menina de seis anos que foi encontrada morta em Santa Tereza do Oeste, no oeste do Paraná, na terça-feira (29). A prisão é válida por 30 dias e se estende para a amiga dela que também é suspeita de ter praticado o crime. O pedido foi feito pela delegada da Polícia Civil, Mariana Vieira, que assumiu o caso após ele ter sido classificado como homícidio qualificado. Conforme a delegada, as duas mulheres ainda respondem pelo crime de ocultação de cadáver.

Segundo a delegada, desde a descoberta do caso dez pessoas já foram ouvidas. "Algumas pessoas também denunciaram a amiga da mãe da criança por outras agressões e manipulações", afirmou Mariana Vieira.

A mãe da menina confessou na terça-feira (29) que matou a criança. Em depoimento para a Polícia Civil de Cascavel, no oeste do estado, a mulher indicou onde o corpo havia sido enterrado e disse que batia na criança há um ano para cumprir um plano espiritual para melhorar de vida. Ela e uma amiga são suspeitas de cometer o crime em março deste ano. Conforme o delegado Edgar Santana, que começou as investigações, a amiga negou participação na morte.

Ainda conforme a polícia, a mãe da criança disse que foi a amiga que bateu pela última vez na menina, dias antes da morte. A suspeita ainda relatou que após as agressões, a amiga dela mandou a criança dormir no porta-malas do carro. Horas depois, as duas encontraram a menina morta. "Ela dizia que eu batia com dó e que não estava dando certo o tratamento. Disse que Deus mandou ela [amiga] assumir o serviço, porque eu não sabia bater, que eu batia com dó", diz a mãe.

Quando elas encontraram o corpo da criança, a mãe contou aos policiais que pensou em chamar as autoridades. "Eu falei não, vou chamar o Instituto Médico-Legal (IML), mas a menina estava toda marcada e se a gente chamasse o IML eu ia ser presa", lembra. Foi então que elas decidiram esconder o corpo, ainda conforme a polícia.

Entenda o caso

Em fevereiro, Jeferson Ramalho, pai da criança, registrou um Boletim de Ocorrência sobre o desaparecimento da menina e da ex-mulher. Os policiais foram atrás, mas constataram que elas não estavam desaparecidas e sim que tinham mudado de endereço. Na quinta-feira (24), o delegado recebeu a informação de que a criança tinha sido sequestrada.

Logo após a denúncia, a polícia deu início à novas buscas pela mãe da menina e a amiga dela. Elas foram localizadas na segunda-feira (29). "A mãe estava em um sítio, no distrito de São João e a amiga dela em um bairro da cidade", disse o delegado Santana.

A dupla foi levada para a delegacia de Cascavel e conforme a polícia, durante depoimento, a mãe da menina confessou ter feito um ritual com a menor para purifícá-la. "Segundo o relato da mãe, a criança estava com "algo ruim" e para purificá-la a menina teria que dormir no porta-malas do carro. Horas depois, quando retirou a criança, já sem vida, a mãe disse acreditar que a menina ressuscitaria. Dois dias depois, ao perceber que a criança estava mesmo morta, a mãe e a amiga resolveram enterrá-la", afirmou Santana.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir