Categoria Geral  Noticia Atualizada em 11-08-2014

Comissão da Verdade apura tortura em Hospital Central
Raul Amaro Nin morreu em 1971 no Hospital Central do Exército. Parecer de legista diz que ele foi espancado até a morte.
Comissão da Verdade apura tortura em Hospital Central
Foto: g1.globo.com

A Comissão da Verdade – que investiga crimes que aconteceram durante a ditadura – vai apresentar, nesta segunda-feira (11), um relatório sobre o caso da morte e tortura de Raul Amaro Nin. Ele foi preso no dia 1º de agosto de 1971 e, segundo o médico legista que o examinou, teria sido espancado até a morte dentro do Hospital Central do Exército (HCE), no Rio. O documento foi baseado em pesquisas feitas pela família da vítima. As informações são da GloboNews.
Segundo os familiares, Raul Amaro Nin não era militante da luta armada, como afirmaram os militares. Ele foi preso com mais dois amigos em uma blitz, levado para o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) e transferido para o DOI-Codi. Ele deu entrada no Hospital do Exército três dias depois com ferimentos pelo corpo. A justificativa que foi dada, na época, é que os machucados seriam provenientes de uma briga. O militante morreu no dia 11 de agosto.

O médico legista Nelson Massini, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), relatou que, de acordo com as manchas no corpo da vítima, ele pode afirmar que os ferimentos foram feitos um dia antes da morte.
Serão apresentados também durante a audiência na Comissão da Verdade documentos inéditos, como um ofício encaminhado para ao então diretor do hospital, o general Rubens do Nascimento Paiva, onde ele apresenta o nome de um comissário e de um escrivão que iriam até a unidade para fazer perguntas à vítima. Segundo o médico legista, os ferimentos comprovam que Raul Amaro Nin foi espancado até a morte durante o depoimento.


Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir