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Bailarinas mineiras são selecionadas para estudar balé

Meninas de Uberlândia e Juiz de Fora estão entre 15 selecionados no país. Escola Bolshoi fica em Santa Catarina e é única filial no país fora da Rússia.
Bailarinas mineiras são selecionadas para estudar balé

Foto: g1.globo.com

Duas bailarinas do interior de Minas Gerais foram selecionadas para participar da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville, Santa Catarina. Maria Luiza Magalhães, de 13 anos, natural de Uberlândia, no Triângulo Mineiro e Júlia Abrahão Lopes, de Juiz de Fora, na Zona da Mata, foram duas das 15 dançarinas selecionadas pela Companhia em todo o Brasil. As aulas começam somente em fevereiro de 2015, mas as dançarinas se preparam desde agora.
A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil divulgou o resultado da audição na última semana de julho deste ano. No total, 559 adolescentes concorreram a uma das vagas da instituição, sendo 467 para dança clássica e 92 para dança contemporânea. Foram aprovados 15 candidatos em todo país.
A uberlandense Maria Luiza foi participar de um festival de dança na cidade de Joinville e aproveitou para participar da seleção da famosa escola de balé. "Fomos para o festival de Joinville despretensiosos. Vimos em um jornal local que haveria audição, então resolvemos incentivá-la a fazer a seleção. Fico feliz como professor, pois o meu trabalho aparece quando ela é aprovada em uma escola tão importante como a do Bolshoi", comenta o professor Johnatan Rios.
Após três etapas classificatórias, a adolescente conseguiu a vaga na sua categoria entre mais de 75 candidatos de todo o Brasil. Os pais da bailarina contam que a adolescente se encantou com o balé já aos três anos de idade. Hoje, dançar é a atividade preferida da menina. "Penso na dança todo dia, toda hora, o tempo todo. Tenho muito amor pela dança, e meu objetivo é melhorar cada vez mais", comenta Maria Luiza.
Maria Luiza é a segunda de Uberlândia selecionada pela Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. Em 2001, Welton Lucena, de 16 anos, foi o primeiro uberlandense a conquistar uma vaga na instituição. Ela ficará pelo menos 5 anos em Joinville estudando. As aulas começam somente em fevereiro de 2015, mas até lá a rotina de ensaios continua. "Eu vou me esforçar pra chegar lá e realizar um bom trabalho. Treino quatro horas por dia, de segunda a sábado", comenta Maria Luiza

Bailarina em Juiz de Fora
Outra dançarina que conquistou vaga na instituição foi Júlia Abrahão. A juiz forana garantiu a vaga com uma apresentação em palco aberto, variação de repertório da Bela Adormecida. "Eu comecei a me dedicar mais e mandei o vídeo da minha coreografia para a escola, em Joinville. É uma escola muito boa, um futuro para qualquer bailarina", afirma Júlia Abrahão.

A conquista veio depois de cursos de balé, força de vontade e muitos ensaios. São quatro horas por dia de treino. "Trabalhar com alunas como a Júlia é muito fácil, porque é uma menina disciplinada e focada. Ele vem para a sala de aula com comprometimento ao trabalho proposto", afirma a professora da bailarina, Letícia Marques.
Para a mãe de Júlia, o mérito é completamente da bailarina. "Estamos muito felizes com a conquista. É o resultado da disciplina e determinação que ela se policia para conseguir sempre", afirma a mãe da adolescente, Leila Abrahão.
Audição
Anualmente, o Bolshoi faz o processo seletivo durante o Festival de Dança de Joinville. Para participar desta audição, os candidatos precisavam ter algum conhecimento em dança e ter idade entre 12 e 17 anos. A seletiva é dividida em três etapas, todas eliminatórias.
O Festival de Dança
Entre 23 de julho e 2 de agosto, em Joinville, Santa Catarina, grupos de diversos estados do Brasil e até mesmo do exterior apresentam danças de sete gêneros: balé clássico de repertório, balé neoclássico, jazz, sapateado, danças populares, dança contemporânea e danças urbanas. Além dos espetáculos, a programação inclui cursos e oficinas, seminários de dança, Feira da Sapatilha, Rua da Dança, Visitando os Bastidores e Dança Comunidade.

Fonte: g1.globo.com

Por: Gabrielly Rebolo | Imprimir