Categoria Geral  Noticia Atualizada em 14-08-2014

Após ser solto, ex-secretário de MT vai à Justiça sem escolt
Éder Moraes passou mais de 80 dias preso por suspeita de crime financeiro. Ex-secretário foi investigado durante a operação Ararath, da Polícia Federal.
Após ser solto, ex-secretário de MT vai à Justiça sem escolt
Foto: g1.globo.com

O ex-secretário de estado Éder Moraes chegou por volta das 13h30 à sede da Justiça Federal em Cuiabá para prestar depoimento como réu sobre o processo originário da operação Ararath, da Polícia Federal, que apurou crimes contra o sistema financeiro, fraudes e lavagem de dinheiro. Livre desde o último sábado (9), após passar 81 dias preso, Moraes chegou com o próprio carro, vestindo terno e gravata, e disse que não deve se pronunciar enquanto a ação estiver em andamento.

"Em respeito à Justiça Federal, em respeito ao processo, não vou declarar absolutamente nada até o trânsito em julgado [da ação]", disse Moraes aos jornalistas presentes à Justiça Federal. Essa foi a primeira vez que ele se apresentou para prestar depoimento sobre esse caso sem escolta da Polícia Federal e entrando pela porta da frente.
Ao todo, entre quinta e sexta-feira passadas, Moraes prestou depoimento por cerca de 12 horas ao juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal. Ainda precisam ser ouvidos a esposa do ex-secretário, Laura Tereza da Costa Dias, e o superintendente regional do BicBanco em Mato Grosso, Luiz Carlos Cuzziol, que também são réus nessa ação.
Vivaldo Lopes, ex-secretário-adjunto de Fazenda do estado, também era réu nesse processo, mas a Justiça determinou o desmembramento da ação e, agora, ele deverá ser julgado em separado.
Conforme as investigações da PF e do MPF, Moraes fez parte de um esquema de transações financeiras que operou no estado desde 2005 que tinham como objetivo atender aos interesses do grupo político do ex-secretário estadual de Fazenda (Sefaz). Também faria parte do caso o empresário Gercio Marcelino Menonça Júnior, conhecido como Júnior Mendonça. Na condição de delator premiado, ele detalhou à PF e ao MPF como funcionava o esquema.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir