Categoria Geral  Noticia Atualizada em 08-09-2014

Viúvo processa aéreas por morte de esposa obesa no exterior
Com obesidade mórbida, mulher teve lugar em voo negado por três vezes. Ela tentava voltar aos Estados Unidos, mas acabou morrendo na Hungria.
Viúvo processa aéreas por morte de esposa obesa no exterior
Foto: g1.globo.com

Um homem norte-americano, cuja mulher com obesidade mórbida morreu no ano passado depois de ter um lugar negado em três voos diferentes a partir da Europa, quando viajava de volta para os Estados Unidos, entrou com processo de US$ 6 milhões contra companhias aéreas nesta segunda-feira (8).

Na época, Vilma Soltesz pesava 193 kg, tinha uma perna amputada e tinha diabetes e uma doença renal, segundo meios de comunicação.

Segundo o processo aberto no tribunal federal de Manhattan, que acusa três companhias aéreas de homicídio culposo e negligência, Vilma foi encontrada morta em sua casa de férias na Hungria, em outubro de 2013, depois de que três tripulações de aeronaves não conseguiram acomodá-la em um assento.

Em setembro, o casal deixou a sua casa no bairro de Bronx, em Nova York, em um avião da Delta Airlines, em dois assentos para Vilma e um para seu marido, Janos, para passar férias em Budapeste.

No dia 2 de outubro, Vilma Soltesz foi a um hospital na Hungria porque ficou doente. Ela teve alta, mas recebeu a orientação de que deveria ver seu médico imediatamente quando chegasse aos Estados Unidos.

O casal tentou deixar Budapeste duas semanas depois em um voo da KLM, em assentos similares com os quais tiveram na viagem de ida. Mas o capitão pediu que eles desembarcassem depois que Vilma teve dificuldade em manobrar sua cadeira de rodas no lugar atribuído a ela.

Depois de esperar no aeroporto de Budapeste por mais de cinco horas, o casal foi decidiu ir a Praga, na República Tcheca, para pegar um voo da Delta que disse que poderia acomodá-los. Mas a Delta não tinha uma cadeira de rodas adequada para transportar Vilma até seu assento.

"O coordenador do voo da Delta disse a Janos e Vilma que a Delta ‘não tinha acesso a um elevador’ para colocar Vilma na aeronave pela parte de trás, e que não havia mais nada que pudesse fazer por eles", afirma o processo.

Dias depois, em 22 de outubro, quando diversos médicos e bombeiros a ajudaram a embarcar em um voo da Lufthansa, o capitão disse ao casal que eles tinham que desembarcar porque "outros passageiros precisavam pegar um voo de conexão e não podiam se atrasar mais", segundo as informações do processo.

Então, o casal voltou para sua casa de férias em Veszprem, na Hungria. "Exausta e se sentindo mal", Vilma Soltesz foi para a cama, diz o processo. No dia 24 de outubro, Janos a encontrou morta.

Um porta-voz da Delta Airlines disse que a companhia não foi notificada da ação judicial. Autoridades da KLM e da Lufthansa não responderam imediatamente ao pedido de esclarecimento. Um advogado de Soltesz não retornou ligação para mais comentários.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir