Categoria Geral  Noticia Atualizada em 17-09-2014

Amigas buscam no Facebook doador de medula para jovem
Poliana Deves mora em Cascavel, no PR e faz tratamento h� cinco meses. Mobiliza��o fez o n�mero de cadastros mais que dobrar no Hemocentro.
Amigas buscam no Facebook doador de medula para jovem
Foto:g1.globo.com

Duas amigas de Cascavel, no oeste do Paran�, criaram uma p�gina em uma rede social na internet para encontrar um doador de medula �ssea para uma jovem de 24 anos, que h� pouco mais de cinco meses descobriu que tem leucemia. Poliana Deves foi diagnosticada no dia 24 de abril e ap�s receber a not�cia de que precisaria fazer um transplante as amigas do tempo de col�gio se mobilizaram para ajuda-l�. De acordo com Aline Prestes, a a��o tomou propor��es que elas n�o esperavam. Hoje s�o mais de nove mil membros e o n�mero de cadastros no Hemocentro da cidade dobrou em pouco mais de 10 dias.


Aline e Joana Paula Carneiro conheceram a Poliana e a irm� dela, Keli, no col�gio. Mas h� muitos anos tinham perdido o contato. Ao saber da doen�a de Poliana, tamb�m pelo Facebook, as amigas decidiram que precisavam fazer alguma coisa. "N�s n�o �ramos �ntimas, mas tinhamos uma conviv�ncia de col�gio. Quando a gente viu o estado da Poliana ficamos assustadas e resolvemos fazer alguma coisa para mostrar para as pessoas que � super simples a doa��o. Ent�o, tivemos a ideia de criar a p�gina e em poucas horas j� tinha mais de mil membros", lembra Aline.
A descoberta da doen�a veio depois que Poliana se formou na faculdade no curso de enfermagem, no fim de 2013. "Eu fazia resid�ncia no Hospital Universit�rio de Cascavel (HU) e comecei a sentir suor � noite. Contei para as amigas m�dicas que solicitaram um exame de hemograma. Descobri que tinha altera��o e fui encaminha para o Hospital do C�ncer de Cascavel (Uopeccan). No mesmo dia j� estava internada com o diagn�stico de c�ncer", conta

"Assim que descobri a doen�a comecei a postar coisas sobre a doen�a na minha p�gina do Facebook e pessoas que estavam distantes de mim se sensibilizaram e se reaproximaram. Com isso eu reencontrei as amigas do col�gio do ensino m�dio e como sabia que ningu�m da minha fam�lia era compat�vel para fazer a doa��o, elas decidiram criar a p�gina "Amigos da Poli"." lembra.
"A ideia era que os nossos amigos do col�gio ajudassem, que os amigos mais pr�ximos fossem ao Hemocentro se cadastrar. Mas a gente n�o esperava que pessoas de outros estados iam ajudar e faz um pouco mais de uma semana que criamos a p�gina", diz Joana.
Aline conta que depois que se reaproximou de Poliana se comoveu ainda mais ao ver quantas pessoas enfretam a doen�a. "Sensibilizou quando a gente teve contato de novo com ela e vimos que n�o era n�o era a �nica. A Poliana mandava fotos de amigos l� do hospital e gente teve a dimens�o de quantas pessoas est�o nesse sofrimento. E de alguma forma estamos ajudando".
Al�m do objetivo principal que � encontrar um doador, a p�gina tamb�m se tornou um rem�dio para Poliana enfrentar a doen�a. "Me ajuda porque eu passo mais tempo no hospital e � ali que eu consigo encontrar for�as, s�o muitas mensagem de pessoa que eu n�o conhe�o e at� de outras cidade que est�o indo atr�s de doadores para mim. Elas me perguntam se eu preciso de alguma coisa e mandam mensagens de apoio", diz.
E o apoio que recebe faz Poliana ter mais certeza que vai se curar e fazer planos. "Eu quero viver muito, quero aproveitar muito a minha fam�lia. Quero retomar os planos do meu casamento, que estava marcado para julho, e construir a minha fam�lia. Poder fazer as coisas sem restri��es e sem precisar voltar para o hospital para fazer tratamento", sonha a estudante.

"� uma quest�o de tempo para a gente achar um doador para ela. N�s queremos lotar os Hemocentros de todas as cidades porque � uma coisa t�o simples a doa��o, n�o � bicho de sete cabe�as. A gente quer que as pessoas fa�am uma doa��o consciente", comenta Joana.
"A gente queria muito que a p�gina desse certo, mas n�o esperavamos que fosse t�o r�pido. Foi recorde hist�rico para o Hemocentro", conta Aline.
Hemocentro
De acordo com a assistente social do Hemocentro de Cascavel, Eliane Avancini, ap�s o in�cio da campanha nas redes sociais em prol da Poliana as doa��es mais que drobraram. "A gente faz em torno de 80 ou 100 cadastros por m�s, mas em 12 dias n�s fizemos 320 cadastros. A maioria vem em fun��o dela porque se comoveu com a hist�ria", conta.
A assistente social tamb�m conta que essa � a primeira vez que v� uma mobiliza��o t�o grande na cidade. "Dos nove anos que trabalho no Hemocentro de Cascavel, essa � a primeira vez que eu vejo uma mobiliza��o t�o grande. J� tivemos outras campanhas, mas nenhuma que fizesse aumentar tanto assim o n�mero de cadastros", lembra.
Mesmo com o aumento do n�mero de doadores o Registro Brasileiro de Doadores de Medula �ssea (Redome) estipula um cota de 150 cadastros mensais para cada cidade. "N�s temos uma cota que j� foi ultrapassada. Estou aguardo a orienta��o do Redome para saber como devemos proceder", diz Avancini.



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir