Categoria Geral  Noticia Atualizada em 17-09-2014

Homem que ficou 26 dias no Parque Nacional do Iguaçu
Ele foi encontrado na manhã de terça-feira (16) próximo a Lindoeste (PR). Equipes de resgate tiveram que entrar a pé na mata para retirar o homem.
Homem que ficou 26 dias no Parque Nacional do Iguaçu
Foto: g1.globo.com

O homem, de 62 anos, que estava no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, desde agosto foi resgatado no início da madrugada desta quarta-feira (17), após 26 dias desaparecido. Segundo policiais ambientais, por volta da 1h Lorisvaldo Teixeira foi encaminhado para o Hospital Universitário (HU) de Cascavel com uma perna quebrada e bastante debilitado. Equipes localizaram o idoso às 11h de terça-feira (16), depois de cerca de seis horas de buscas, próximo a Lindoeste, no oeste do estado, onde ele mora. A assessoria de imprensa do HU informou que ele passará por uma cirurgia na perna e está consciente.

O resgate envolveu policiais ambientais, bombeiros de Cascavel e servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). As buscas começaram às 5h de terça-feira, após amigos informarem o desaparecimento aos agentes ambientais. No começo da tarde, as equipes tentaram usar um helicóptero, mas devido à região de mata fechada não foi possível usar a aeronave e a operação precisou ser feita por terra. Da borda do parque até o local onde ele estava calcula-se quatro quilômetros em linha reta, cerca de quatro horas de caminhada para ir e mais quatro horas para voltar.
De acordo com o tenente Nilson Figueiredo, com o homem foi encontrada uma espingarda de caça com munição. "Com a confirmação de que estava caçando no parque, ele responderá por porte de arma e por ingressar em uma unidade de conservação sem autorização e com objeto de caça, crimes que podem ser punidos com um a cinco anos de prisão", observou.

Aos policiais, o homem contou que quebrou a perna no terceiro dia depois de ter entrado no parque e que sobreviveu comendo sal - usado para atrair a caça - e água da chuva. "Ele se machucou pulando de um girau, espécie de poleiro usado para se ter uma visão melhor da área onde se está caçando. Ferido, se arrastou por cerca de 500 metros onde havia montado acampamento e ali ficou. Não estava perdido, mas não conseguiria sair sozinho por causa da perna quebrada", explicou Figueiredo. "Mais dois ou três dias, provavelmente ele estaria morto."

Casos de pessoas que se perdem no Parque Nacional do Iguaçu, apontou o tenente, não são comuns. "Temos em média um registro deste tipo a cada três anos, geralmente de moradores antigos da região ou de caçadores. O que chama a atenção agora é como ele conseguiu sobreviver por tanto tempo, cerca de 25 dias, e ferido", comentou ao reforçar que a entrada sem autorização na unidade é proibida, com exceção da área reservada à visitação turística, na área das Cataratas do Iguaçu. Criada em 1939, a unidade se espalha por mais de 185 mil hectares entre o oeste e o sudoeste do Paraná e a fronteira com a Argentina

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir