Categoria Geral  Noticia Atualizada em 18-09-2014

Desigualdade aumenta e volta ao patamar de 2011
Regi�o Nordeste apresentou o maior n�vel de renda desigual. Concentra��o teve leve alta ao se considerar todas as rendas.
Desigualdade aumenta e volta ao patamar de 2011
Foto: g1.globo.com

O �ndice de Gini, que mede a distribui��o da renda, passou de 0,496 em 2012 para 0,498 em 2013. Embora a varia��o seja pequena, o �ndice voltou para o mesmo patamar de 2011, interrompendo uma trajet�ria de queda desde 2001.

A informa��o � da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad), divulgada na manh� desta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

Esse �ndice � uma medida do grau de concentra��o de uma distribui��o, cujo valor varia de zero (a perfeita igualdade) at� um (a desigualdade m�xima).

A Regi�o Nordeste apresentou o maior n�vel de desigualdade na distribui��o do rendimento do trabalho (0,523). No Piau�, foi registrado o pior resultado do pa�s: 0,566.

"Se observou que de 2013 para 2012 teve aumento do rendimento e certa estabilidade do �ndice de Gini. E viu que as varia��es maiores se deram nos rendimentos mais elevados", afirma Maria Lucia Vieira, gerente da Coordena��o de Trabalho e Rendimento (Coren), do IBGE.

Em 2013, os 10% mais pobres receberam, em m�dia, R$ 235 por m�s, valor 3,5% superior ao registrado no ano anterior. Por outro lado, os 10% mais ricos concentraram 41,2% do total de rendimento de trabalho � eles ganharam, em m�dia, R$ 6. 930, valor 6,4% maior do que em 2012.

De maneira geral, a renda dos trabalhadores subiu 5,7% de um ano para o outro, chegando a 1.681 por m�s.

Todas as fontes de renda
Considerando os rendimentos de todas as fontes (incluindo, al�m da renda do trabalho, outras como patrim�nios e investimentos), o �ndice de Gini caiu continuamente, mas em patamares diferentes: ficou est�vel em 2001 e 2002 � 0,569; diminuiu para 0,504 em 2012; mas, no ano passado, tamb�m voltou ao patamar de 2011, de 0,505.

O �ndice de Gini de todas as fontes em 2013 foi menor na Regi�o Sul (0,463), onde Santa Catarina foi o destaque nacional (0,438). A regi�o que apontou a maior desigualdade, nesse caso, foi a Centro-Oeste (0,519). Este �ndice foi puxado pelo resultado do Distrito Federal (0,570), que apresentou a maior concentra��o de renda do pa�s.

�ndice de gini do Distrito Federal
"O que pudemos observar � que de rendimento do trabalho, o Nordeste tem o Gini mais elevado quando olhamos de "todas as fontes", passa a ser a Centro-Oeste", diz Maria Lucia Vieira.

"Estabilidade"
A presidente do IBGE, Wasm�lia Bivar, diz que a concentra��o de renda ainda � alta, mas h� uma tend�ncia da estabilidade da desigualdade. "Tend�ncia de queda n�o existe, porque ele [o �ndice de Gini] cresceu ligeiramente do trabalho enquanto que de outras fontes se manteve constante. Se voc� for olhar a s�rie, vai ver que a s�rie vinha reduzindo o Gini. Ele ultrapassou uma fronteira importante que foi do 0,5, abaixo do 0,5 no caso do trabalho, e ainda se mant�m, mas ele mostra uma certa instabilidade".

Segundo Wasm�lia Bivar, a estabilidade da concentra��o de renda � "historicamente importante" para um pa�s como o Brasil. "Nenhum pa�s, acho, fez essa transi��o t�o rapidamente. Encontrar agora uma estabilidade quer dizer que de algum modo voc� obteve bastante ganho com as pol�ticas que foram adotadas. [...] Mas chega uma hora em que realmente voc� precisa diversificar as suas pol�ticas, pensar em outras pol�ticas, focadas na distribui��o de renda."

Para que o �ndice mude, explica a presidente do IBGE, � preciso que os mais pobres, os que est�o na base da pir�mide, tenham aumentos de renda numa velocidade maior do que quem est� no topo.

Mulheres e homens
O �ndice de Gini tamb�m indicou que a distribui��o de renda foi mais desigual entre os homens (0,503) do que entre as mulheres (0,477).

O maior n�vel de concentra��o da renda entre homens ocupados foi observado no Piau� (0,572), e o menor n�vel, no Amap� (0,432).

Entre as mulheres ocupadas, o maior n�vel de desigualdade no rendimento foi encontrado no Maranh�o (0,564), e o menor n�vel, em Santa Catarina (0,381).

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir