Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 19-09-2014

ELEIÇÕES – DIFERENÇAS QUE FAZEM TODA A DIFERENÇA

ELEIÇÕES – DIFERENÇAS QUE FAZEM TODA A DIFERENÇA

Com um filho fazendo doutorado na Suécia e dando seus pitacos na campanha de um ministro, lancei um olhar mais atento ao modo de fazer política por lá. Num regime de monarquia constitucional parlamentarista, de 4 em 4 anos, no terceiro domingo de setembro, acontecem as eleições gerais e o que existe é um ferrenho duelo no campo das ideias.

Duelos pessoais não existem e sim um grande respeito a opinião de quem pensa de forma diferente. Assim como não existe horário eleitoral, por ser caríssimo e a conta cair direto no bolso do contribuinte. As redes sociais são muito usadas porque são mais baratas e extremamente eficazes. Nas Tvs públicas e rádios, o debate de ideias é diário e intenso e tem uma hora de duração, com análises feitas por cientistas políticos e políticos dos diferentes partidos.

Nos programas de culinária os candidatos preparam jantares para seus adversários em suas casas e, detalhe, não colocam veneno.

O político sueco sabe que ele tem que fundamentar muito bem de onde vai retirar dinheiro para implementar suas propostas, e é aí que os debates de tornam mais acirrados, porém ninguém xingando ninguém ou querendo segurar o oponente pela gravata.

Nos comícios em cidades menores, os candidatos emprestam material ao seu oponente, como microfone ou megafone, isto porque o eleitor sueco valoriza a cooperação e respeita os políticos que colaboram.

Outdoors são proibidos e os partidos acertam qual a quantidade de posters que vão ser colocados, o local e o horário que permanecerão ali. E são os jovens militantes que cumprem com essa tarefa, para conseguir os melhores locais para pendurar os cartazes do seu partido. E ha rodízio dos melhores lugares.

Dois dias, no máximo, após a votação, todos os cartazes devem ser retirados das ruas. O político que não cumprir com essa regra, sujando a cidade, será punido pelos próprios eleitores nas próximas eleições.

A principal fonte de arrecadação de fundos dos partidos políticos é o financiamento público que chega a 80% do valor arrecadado.

" Campanhas políticas na Suécia são mais focadas em projetos concretos de governo. Em outros países a campanha é negativa e agressiva, com ataques pessoais e ofensas indecorosas. Aqui, na Suécia, políticos que são duros demais com seus adversários se arriscam a perder o voto do eleitor" afirma Jan Larson, especialista em política.

Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  Ivilisi Soares Azevedo    |      Imprimir