Categoria Geral  Noticia Atualizada em 22-09-2014

No Dia Mundial Sem Carro
Candidata do PSB prometeu isentar impostos para o setor, caso seja eleita. Em encontro com ciclistas, ela disse que estimular� o uso de bicicletas.
No Dia Mundial Sem Carro
Foto: g1.globo.com

Reconhecida internacionalmente pela milit�ncia ambiental, a candidata do PSB � Presid�ncia, Marina Silva, defendeu nesta segunda-feira (22), data na qual cidades de todo o mundo promovem o Dia Mundial Sem Carro, incentivos ao uso da bicicleta no Brasil. A ex-ministra do Meio Ambiente disse que, se eleita, isentar� de impostos a ind�stria da bicicleta.

Criado em 1997 na Fran�a, o Dia Mundial Sem Carro se espalhou pelo mundo com o objetivo de estimular a reflex�o sobre a depend�ncia em rela��o ao autom�vel e estimular formas alternativas de mobilidade. A mobiliza��o foi realizada no Brasil, pela primeira vez, em 2001.

Para dar apoio � data de conscientiza��o ambiental, Marina Silva se encontrou com ciclistas em Bras�lia. Apesar de incentivar a utiliza��o das bicicletas, a presidenci�vel chegou � agenda eleitoral de t�xi. A assessoria da campanha do PSB informou que ela n�o sabe andar de bicicleta.

No compromisso eleitoral, Marina assinou uma carta na qual se comprometeu a estimular o uso das bicicletas no pa�s, se vencer a elei��o de outubro. "A bicicleta � fundamental para a humaniza��o da cidade [...] � preciso criar meios de incentivo ao uso da bicicleta, fomentar a ind�stria", ressaltou a candidatado PSB.
Segundo Marina, � preciso dar incentivos ao setor nos mesmos moldes do que � feito com a ind�stria automobil�stica. A ex-senadora comentou que, atualmente, se paga 35% de impostos na fabrica��o de bicicletas no Brasil.

Em meio ao pronunciamento, ela tamb�m se comprometeu a priorizar, se eleita, pol�ticas p�blicas que incentivem transportes alternativos, para tentar reduzir o uso de carros particulares no pa�s. "N�s temos o compromisso de ter, no m�nimo, 1 mil quil�metros de vias para os VLTs, os ve�culos leves sobre trilhos. Tamb�m temos o compromisso de construir 150 quil�metros de faixas para �nibus de r�pido deslocamento", prometeu Marina.

Pal�cio da Alvorada
Ap�s o ato com os ciclistas, Marina Silva participou, em Bras�lia, de um evento com educadores cat�licos. Durante entrevista coletiva ao final da agenda eleitoral, ela criticou o fato de a presidente Dilma Rousseff usar o Pal�cio da Alvorada, resid�ncia oficial da Presid�ncia, para dar entrevistas de campanha. � revista "�poca", o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Antonio Dias Toffoli, classificou a pr�tica de "vantagem indevida".

"O problema da reelei��o � exatamente esse, de criar uma confus�o entre o uso institucional para o exerc�cio da fun��o e o uso dos meios e equipamentos que s�o do estado para a campanha", disse Marina. "Essa � uma ambiguidade que ser� resolvida com o fim da reelei��o, que eu estou comprometida [...] que s� terei quatro anos de mandato", complementou.

Indagada neste domingo (21) sobre a declara��o do presidente do TSE, Dilma usou de ironia para justificar a utiliza��o da resid�ncia oficial. Segundo ela, se n�o usasse o Alvorada, n�o teria outro lugar e seria uma "sem-teto".

Na entrevista desta segunda, Marina tamb�m aproveitou para rebater a declara��o da advers�ria petista de que h� o risco de o Bolsa Fam�lia ser extinto caso o PT perca a elei��o presidencial. Em compromisso eleitoral no �ltimo s�bado, Dilma disse explicitamente que os rivais v�o acabar com o programa de transfer�ncia de renda.

"Manterei o Bolsa Fam�lia, que fique bem claro, porque est�o dizendo a� que vou acabar com tudo e vou acabar com o resto. � tanta coisa, gente", disse Marina. "Porque n�o d� para acreditar que uma pessoa possa acabar com pr�-sal, o Prouni, o Fies, o Pronatec, o Bolsa Fam�lia, o Minha Casa Minha Vida, a transposi��o do S�o Francisco, a Transnordestina, o 13�, as f�rias, privatizar a Petrobras, a Caixa Econ�mica, o Banco do Brasil. Se uma pessoa pode fazer isso, � porque n�s temos um pa�s de papel", alfinetou a presidenci�vel do PSB.

IBGE
Marina Silva criticou tamb�m o fato de a presidente Dilma ter considerado "banal" o erro na divulga��o da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad) pelo IBGE na semana passada, que comprometeu indicadores de desigualdade social. Na avalia��o de Marina, o governo federal n�o deveria tratar esses problemas como se fossem banais e sim "com o n�vel de preocupa��o que o problema requer".
A candidata do PSB acusou ainda o IBGE de ser mal gerido e de ter cargos diretivos ocupados por indica��es pol�ticas. "Eu s� lamento que a m� gest�o esteja prejudicando institui��es que s�o t�o respeitadas pela sociedade", enfatizou. "Eu lamento que as indica��es pol�ticas que muitas vezes n�o obedecem crit�rios t�cnicos [�] dentro do pr�prio IBGE possa causa."

Estado laico
Evang�lica, Marina Silva tamb�m voltou a repetir no encontro com educadores cat�licos que ela defende a diversidade religiosa. De acordo com a ex-senadora, apesar de o estado brasileiro ser laico, n�o quer dizer que seja "ateu". "Nosso estado laico assegura o direito de quem cr�, de quem n�o cr� e assegura, sobretudo, que estado laico n�o � estado ateu", ponderou.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir