Categoria Geral  Noticia Atualizada em 29-09-2014

Hong Kong desafia Pequim com protesto por democracia
Manifestantes enfrentaram �s lacrimog�neo e avan�os de policiais. China alertou sobre interfer�ncia externa nos protestos.
Hong Kong desafia Pequim com protesto por democracia
Foto: g1.globo.com

Manifestantes pr�-democracia em Hong Kong enfrentaram bombas de g�s lacrimog�neo e avan�os de policiais com cassetetes e permaneceram firmes durante protestos mo centro financeiro asi�tico nesta segunda-feira (29), em um dos maiores desafios pol�ticos para Pequim desde e epis�dio da Pra�a da Paz Celestial h� 25 anos.

A China colocou a culpa nos estudantes que protestavam e alertou contra qualquer interfer�ncia externa, � medida que os jovens se reuniam em distritos comerciais e tur�sticos na cidade, no fim da tarde.

"Hong Kong � a Hong Kong da China", disse a porta-voz do minist�rio de Rela��es Exteriores, Hua Chunying, em tom desafiador durante uma coletiva de imprensa em Pequim.

Os dist�rbios, os piores em Hong Kong desde que a China assumiu o controle sobre a ex-col�nia brit�nica em 1997, tiveram nuvens de g�s tomando as ruas ao redor de alguns dos pr�dios comerciais e shoppings mais valiosos do mundo, antes de a pol�cia repentinamente ter se retirado antes da hora do almo�o nesta segunda-feira, ap�s tr�s noites de confrontos.

A China governa Hong Kong sob uma f�rmula de "um pa�s, dois sistemas", que tenta delimitar a limitada democracia do territ�rio. Milhares de manifestantes, a maioria estudantes, exigem que Pequim conceda democracia total, com a liberdade de indicar os candidatos nas elei��es, mas a China recentemente anunciou que n�o iria t�o longe.

Ap�s a tropa de choque ter se retirado nesta segunda-feira, manifestantes receosos dormiram ao lado das vias e abrigados contra o sol sob guarda-chuvas, que se tornaram um s�mbolo do que muitos est�o chamando de "Revolu��o dos Guarda-chuvas". Em acr�scimo aos elementos de prote��o, esses objetos t�m sido usados como escudos contra spray de pimenta.

Nicola Cheung, uma estudante de 18 anos da Universidade Batista local, disse que os manifestantes no distrito central do territ�rio estavam avaliando a situa��o e planejando o que fazer depois.

"Sim, vai ficar violento novamente porque o governo de Hong Kong n�o vai aceitar que n�s ocupemos esta �rea", disse ela. "Estamos lutando pelos nossos valores centrais de democracia e liberdade, e isso n�o � algo que a viol�ncia pode tirar de n�s."

Organizadores disseram que at� 80 mil pessoas lotaram as ruas ap�s os protestos terem ganhado corpo na sexta-feira � noite. N�o h� uma estimativa independente sobre esses n�meros.

Os manifestantes, que n�o t�m um l�der identificado, formam juntos um movimento de massa composto, em grande parte, de estudantes conectados que cresceram com liberdades n�o permitidas na China continental. O movimento representa uma das maiores amea�as ao Partido Comunista de Pequim desde que a sangrenta repress�o contra protestos de estudantes pro-democracia na Pra�a da Paz Celestial (Tiananmen), em 1989.

Uma repress�o muito severa pode abalar a confian�a em Hong Kong, uma cidade orientada para o mercado financeiro, ao passo que n�o reagir firmemente pode ati�ar estudantes da China continental.

Os protestos devem ganhar for�a em 1� de outubro, feriado do Dia Nacional da China, e os residentes da ex-col�nia portuguesa de Macau, perto de Hong Kong, j� planejam uma manifesta��o. Apoiadores pr�-democracia vindos de outros pa�ses tamb�m devem protestar, causando mais embara�o a Pequim.

A Gr�-Bretanha disse estar preocupada sobre a situa��o em Hong Kong, e pediu para que o direito de protestos seja garantido.

O Consulado Geral dos EUA em Hong Kong emitiu uma nota pedindo para que todos os lados "evitem a��es que escalariam mais as tens�es".
Bancos em Hong Kong, incluindo HSBC, Citigroup, Bank of China, Standard Chartered e DBS, fecharam algumas ag�ncias e aconselharam funcion�rios a trabalhar de casa ou ir para outras unidades.

A Autoridade Monet�ria de Hong Kong, o banco central de fato da cidade, disse que os mercados interbanc�rios e o mecanismo de c�mbio n�o foram afetados pelos dist�rbios.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir