Categoria Geral  Noticia Atualizada em 03-10-2014

Santa Catarina registra sete ataques na madrugada
Alvos foram resid�ncias, pr�dios p�blicos, �nibus e carros. Ao todo, estado j� teve 60 ataques em 26 cidades em uma semana.
Santa Catarina registra sete ataques na madrugada
Foto: g1.globo.com

A madrugada desta sexta-feira (3) foi marcada por sete novos ataques em Santa Catarina. O relat�rio da PM afirma que, at� as 9h desta sexta, foram 60 ataques em 26 cidades catarinenses. A terceira onda de atentados come�ou h� uma semana, desde do dia 26 de setembro. A pol�cia contabiliza 8 ocorr�ncias de apreens�es de materiais suspeitos, 34 pris�es e 9 menores apreendidos. Dois suspeitos foram mortos. Um agente p�blico aposentado foi morto em Crici�ma, no Sul do estado.

Nesta sexta, �nibus e carros foram queimados. Resid�ncias de PM e pr�dios p�blicos e de seguran�a foram alvos de coquet�is molotov. Foram sete cidades atingidas na madrugada: Ararangu�, Bigua�u, Tubar�o, Lages e S�o Bento do Sul, que registraram ataques pela primeira vez, al�m de Joinvillee Palho�a. Nestas �ltimas duas cidades foram computados o sexto e o quinto ataque, respectivamente.

At� a noite de quinta-feira (2), a PM contabilizava o n�mero de ataques e ocorr�ncias de apreens�es somados no mesmo balan�o. A partir desta sexta, a m�trica separa os casos. No relat�rio desta manh�, s�o 60 ataques e 8 apreens�es de materiais suspeitos.

Ocorr�ncias de sexta
A delegacia de Pol�cia Civil atacada em Joinville, no Norte, fica no bairro Morro do Meio. Duas pessoas em uma moto atiraram contra o pr�dio a 0h30 e fugiram. Os suspeitos dispararam pelo menos quatro vezes. Dois dos tiros atingiram um ve�culo da Pol�cia Civil que estava estacionado no p�tio da delegacia. Um agente de pol�cia estava trabalhando no momento da a��o, mas n�o foi atingido.

Um �nibus foi parcialmente queimado em S�o Bento do Sul, no Norte, por volta da 0h40. Segundo a Pol�cia Militar, o ve�culo de turismo estava estacionado no p�tio da empresa no bairro Bras�lia. Os bombeiros conseguiram conter as chamas e o �nibus ficou parcialmente destru�do.

Em Ararangu�, no Sul do estado, � 1h20, uma creche quase foi incendiada. Um homem n�o identificado jogou um coquetel molotov em dire��o a escola infantil. Entretanto, o objeto n�o incendiou. Um peda�o de pau com pano enrolado na ponta foi retirado do local.

A casa dos pais de um policial militar foi alvo de um coquetel molotov em Bigua�u, na Grande Florian�polis. O atentado ocorreu � 1h50. Os autores arremessaram o artefato e fugiram. A resid�ncia n�o incendiou.

Um ve�culo incendiou �s 2h40 em Tubar�o, no Sul do estado, no bairro Fabio Silva. O carro Fiat Uno teve a parte dianteira totalmente queimada. Ele pertencia a um policial militar, que n�o estava no local no momento do ataque. Segundo informa��es da Pol�cia Militar, h� a suspeita que homens em uma motocicleta praticaram o crime.

Um complexo na �rea industrial de Lages, na Serra, que cont�m um posto de atendimento do Corpo de Bombeiros, a 3� Delegacia de Pol�cia Civil e uma unidade PM foi alvejado por nove tiros durante �s 5h desta sexta-feira (3). Todos os disparos atingiram paredes. Dois plantonistas da Pol�cia Civil estavam no local e n�o se feriram. As testemunhas n�o souberam identificar se os autores estavam em moto ou carro.

Na Grande Florian�polis, no munic�pio de Palho�a, a casa de um policial militar foi atingida por seis disparos �s 7h30. N�o havia ningu�m no local no momento do atentado.

Terceira onda de ataques em SC
Ao todo, segundo a PM, 24 �nibus foram incendiados, 16 casas e tr�s carros particulares de agentes p�blicos danificados. Outros sete ve�culos de civis foram danificados, al�m de seis bases e o quatro viaturas policiais atingidas. Al�m disso, tr�s pr�dios p�blicos foram alvo da a��o criminosa e um posto de gasolina.

Ordem parte dos pres�dios
O delegado respons�vel pela divis�o de repress�o ao crime organizado da Deic, Proc�pio Silveira Neto, disse que as ordens dos ataques partiram de presos transferidos de Santa Catarina para a Penitenci�ria Federal de Mossor� (RN). Segundo ele, os apenados daquele estado se comunicam com os que est�o na penitenci�ria catarinense de S�o Pedro de Alc�ntara. "[As ordens partiram] de Mossor� para S�o Pedro de Alc�ntara e da� se difundiram para rua", complementa.

De acordo com o Minist�rio da Justi�a, "n�o h� qualquer ind�cio de contato direto entre os presos transferidos e os presos ou lideran�as de organiza��es em Santa Catarina". Em nota, o �rg�o informou que continuar� � disposi��o do estado para dar apoio e suporte no enfrentamento ao crime organizado. O texto ressalta que as quatro unidades prisionais federais do pa�s "observam estrito regime de seguran�a m�xima". Indica ainda que em oito anos, desde que foram instituidas, "n�o foi registrada a apreens�o de nenhum aparelho telef�nico nas depend�ncias das unidades".

Esta terceira onda de ataques, segundo a pol�cia, � coordenada pela mesma fac��o criminosa das duas anteriores. Em fevereiro de 2013, 37 homens, que estavam detidos em unidades prisionais catarinenses foram transeferidos para o Rio Grande do Norte e tr�s para Porto Velho. Eles foram movidos na inten��o de desarticular a fac��o criminosa que estava em atua��o na segunda onda criminosa, entre 30 janeiro e 3 de mar�o daquele ano. Nesse per�odo, ocorreram 114 atentados em 37 cidades catarinenses, segundo a PM. Antes, em 2012, ocorreu a primeira onda de atentados no estado, com 63 alvos de 18 a 11 de novembro.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir