Categoria Geral  Noticia Atualizada em 07-10-2014

Com dificuldade de contratar coveiros, Barretos restringe
Sepultamentos est�o sendo negociados com fam�lias, diz dono de funer�ria. Metade dos contratados est� afastada e �ltimo concurso preencheu 2 vagas.
Com dificuldade de contratar coveiros, Barretos restringe
Foto: g1.globo.com

H� 10 anos o quadro de funcion�rios do Cemit�rio Municipal de Barretos (SP) n�o consegue ficar completo. O problema � a dificuldade em encontrar pessoas que queiram trabalhar como coveiro. No �ltimo concurso p�blico, h� tr�s anos, mesmo sem exigir forma��o t�cnica ou experi�ncia, apenas duas das quatro vagas oferecidas foram preenchidas. A falta de funcion�rios vem prejudicando o servi�o, j� que n�o h� m�o de obra suficiente para a demanda.

Nem a estabilidade e o sal�rio de R$ 1.068 - al�m de cesta b�sica - faz com que candidatos apare�am. "Talvez a procura n�o aconte�a pelo fato de as pessoas acharem que n�o � um servi�o bom. Tem que lidar com a emo��o das pessoas, afinal, a piorar hora da vida � quando voc� precisa desse servi�o", afirma a administradora Luciana Soares de Pinho, destacando que o cemit�rio de Barretos conta, atualmente, com seis coveiros para cuidar de 17 mil t�mulos. Metade do quadro de funcion�rios, no entanto, est� afastada por algum tipo de problema.

O empres�rio Carlos Alberto Ribeiro, dono de uma funer�ria, explica que a falta de coveiros interfere tamb�m na programa��o da cerim�nia considerada como a mais triste para a maioria das pessoas: o enterro. Isso porque, � preciso negociar com as fam�lias hor�rios em que haja trabalhadores no local. "A gente conversa com a fam�lia, mostra os hor�rios e coloca os sepultamentos de meia em meia hora. N�o d� para marcar dois ao mesmo tempo porque tumultua na entrada do cemit�rio, tumultua para enterrar", conta.

Trabalho pesado
Ser coveiro realmente n�o � um trabalho f�cil. Al�m dos enterros, tamb�m faz parte da profiss�o colaborar com a limpeza e, �s vezes, realizar a exuma��o de corpos. Em outras situa��es, � preciso ainda amparar familiares que acabaram de perder um ente querido, como afirma o coveiro Osmir Ant�nio Andrade. "Dependendo do momento, a gente passa a ser at� psic�logo", diz o funcion�rio, que j� enfrentou situa��es bastante inusitadas. "� duro ter frieza em uma hora dessas. Pode acontecer de algu�m desmaiar e ter at� que chamar uma ambul�ncia."

Mesmo assim, Osmir n�o se arrepende de ter deixado a profiss�o de mec�nico para se tornar coveiro. "Vou ficar aqui eternamente. Tanto trabalhando como depois da morte", brinca.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir