Rede de mensagens no telefone ajuda quem tem pouco tempo para estudar.
Aluna de 16 anos de SC gerencia tr�s grupos com mais de 120 pessoas.
Foto: g1.globo.com Para se preparar a tempo para o Exame Nacional do Ensino M�dio (Enem), vale estudar na escola, no cursinho, na biblioteca, em casa, sozinho, com amigos e at� com desconhecidos que moram em outros cantos do pa�s, segundo jovens de v�rias partes do Brasil inscritos nas provas dos dias 8 e 9 de novembro. Depois dos grupos organizados dentro do Facebook, que nas �ltimas edi��es se multiplicaram e hoje podem ter at� mais de 40 mil pessoas, neste ano muitos candidatos decidiram levar as dicas no bolso, participando de grupo de estudo no WhatsApp, aplicativo de mensagens para smartphones.
A estudante Bianca Luiza Andr�, de apenas 16 anos, vai fazer o Enem pela primeira vez neste ano, mas acabou virando "gerente" de tr�s grupos de estudo no WhatsApp. Acostumada a dar dicas de reda��o, tema em que sempre tira notas acima de 8, segundo ela mesma, Bianca diz que lan�ou a ideia de reunir estudantes com d�vidas de reda��o no WhatsApp em um dos grupo no Facebook sobre Enem.
"Eu tenho muita facilidade com portugu�s e reda��o. Como �s vezes tem muita gente um pouco perdida com produ��o de texto, eu decidi criar esse grupo para ajudar", explicou ela.
Ela acabou recebendo cerca de 150 respostas com n�mero de telefones, e precisou criar tr�s grupos, que at� hoje contam com mais de 40 participantes cada.
A reportagem do G1 participou de um deles durante tr�s dias e encontrou centenas de mensagens enviadas a todas as horas do dia. Participantes do Maranh�o, S�o Paulo, Alagoas, Bahia, Minas Gerais e Paran�, entre outros, recorrem ao celular para fazer perguntas sobre gram�tica, conhecimentos gerais, atualidades e, claro, para elaborar argumentos na hora de treinar com reda��es sobre temas que podem ser pedidos no Enem.
Realidades diversas
Al�m de Bianca, Jorge Crey dos Santos, professor da rede estadual na Bahia, tamb�m frequenta as conversas. "N�o irei prestar o Enem, s� estou aqui para auxiliar a quem precisar no que eu for �til", diz o docente, que tem licenciatura em matem�tica.
A idade dos participantes varia entre 15 e 22 anos e as realidades s�o distintas. Graziela Fazan, de S�o Jos� dos Campos (SP), tem marido e filhos e afirma ter tempo limitado para os estudos. "Quero fazer direito e por falta de tempo estudo de madrugada ou quando me sobra tempo", explicou a jovem, que, dependendo da inspira��o, chega a produzir tr�s reda��es por dia.
"Estudo pela noite e quando d� no �nibus, atrav�s do celular, de aplicativo e outros", disse Priscila, de 21 anos, moradora de Salvador. A jovem pretende fazer faculdade de arquitetura.
Hugo Ara�jo, de 18 anos, mora em S�o Lu�s e diz que, para conquistar seu objetivo de ser aprovado em medicina na Universidade Federal do Maranh�o (Ufma), vive e respira o Enem. "Em casa estudo cinco horas por dia, mais cursinho, que dura seis horas e meia de segunda a segunda", disse o estudante. Ele alerta, por�m, que o uso das redes sociais deve ser feito "de forma correta", porque, do contr�rio, n�o far�o diferen�a na aprendizagem. "Essa troca de ideias � de grande valia e com certeza far� diferen�a no dia 9 de novembro", afirmou ele sobre o grupo do qual participa, batizado como "grupo 1" por Bianca, para efeitos de organiza��o.
Valdemar Viana, de 18 anos, tamb�m � maranhense como Hugo, mas se inscreveu no Enem com outro objetivo: conseguir o certificado de conclus�o do ensino m�dio. Ele diz que trancou a matr�cula e, por isso, n�o concluiu o ensino b�sico na idade certa. J� sobre uma poss�vel faculdade, caso sua nota seja suficiente para conseguir uma vaga, ele ainda n�o decidiu o que cursar. "Como eu sou p�ssimo em reda��es, o grupo ajuda com opini�es, temas e dicas", explicou ele.
Fonte: g1.globo.com
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