Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 13-10-2014

“O caminho do inferno está pavimentado de boas intenções”

“O caminho do inferno está pavimentado de boas intenções”

Não é muito, mas o bastante para começar uma nova jornada platônica pelo mundo das ideias. Só tenho uma coisa a dizer, uma folha para escrever e um fiasco de tinta para imprimir: "Luto!" O resto fica no pensamento.

Lembrei de uma campanha vitoriosa do ex-vereador Almir Forte (PCdoB) numa eleição, na década de 1990, em que, sozinho, precisava do quantitativo total de uma coligação inteira para se eleger. Nenhum partido quis compor com a sigla. A palavra de ordem era essa: "luto!"

Lutamos então... E da soma dos quadrados dos catetos (com os bóson de higgs) da hipotenusa, dividido pela raiz quadrada de 12 mil deram o coeficiente eleitoral necessário para que os números fossem favoráveis. Naquela época, o povo necessitava de representação, ainda necessita (só que se esquece das conquistas). Hoje, apesar dos pesares, é mais uma vez manipulado pela elite neoliberal disfarçada de ovelha colorida com bico e que bota ovo.

Os ornitorrincos brasileiros têm o rabo preso e venenoso. Não se esqueçam disso. Eu não esqueço. Não nasci ontem... Desde anteontem – e isso faz quase 20 anos - já militava pela igualdade, ao menos mínima, de condições para quem não tinha nenhuma. Não precisava, mas estive lá. Aliás, ainda estou.

E sempre fui "amaldiçoado" por isso. Entretanto, maldição liberal é igual cerveja sem álcool. Só serve para encher a bexiga.

Parte desse quadro (bêbado e equilibrista) é culpa sim da coligação que está no poder há mais de uma década. Entre erros e acertos fico com os acertos, a ampliação de vagas nas universidades, as condições dadas para quem não tinha a menor chance ser um mestre ou doutor sem fronteiras. As cotas, que simbolizam uma dívida histórica com os descendentes de um povo escravizado fisicamente e que na atualidade é tentado a ser escravo ideologicamente.

Fico também com os programas sociais que tiram milhões da miséria. Para algumas madames é inadmissível a empregada cobrar carteira assinada e chegar ao trabalho motorizada. Uma heresia marxista dos infernos.

Existe uma máxima de que quem bate esquece, mas quem apanha... É por isso que lutei e continuo lutando.

Pois bem, voltando à luta, é um luto sem melancolia. De alegria, caminhada. Pensei que era o fim da história, mas a luta continua e sempre vai continuar meus camaradas companheiros. Basta uma ideia, um papel e uma caneta... O arsenal está pronto. Agora é partir para linha de frente!

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Por:  Roney Moraes    |      Imprimir