Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 13-10-2014

“O passado é uma roupa que não nos servem mais”, Belchior

“O passado é uma roupa que não nos servem mais”, Belchior

Chegou a hora de acabar com essa palhaçada tucana bicuda de que quem vota na Dilma é "desinformado". Essa foi mais uma cutucada infeliz de uma velha ave carniceira que prefere vender o almoço brasileiro (como todas as estatais) para comprar a janta. Em Paris, de preferência.

Se quem não vota em tucano for tão burro assim, como ruminam as próprias vacas loucas sociais antidemocráticas, então, meu amigo, sou idiota de carteirinha. Assumido. Cuspido e escarrado na face esquerda (não sou santo para dar a outra face, ainda mais a direita) de tanto levar porrada na famigerada era FHC (‘Fi’ duma "H" égua Catastrófica).

Dizer que sou desinformado é fácil. Difícil é ter que aturar os aposentados "vagabundos" (sic), descritos pelo ex-presidente tucano, em plena campanha para Aeroécio e sua corja voadora. Não vou falar em aeroporto. Não interessa agora, pois ainda não possuo asa, nem em Arapiraca.

Não é preciso voar alto para saber o que passaram nossos vizinhos que adoram pão de queijo. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais divulgou uma carta aberta de repúdio ao presidenciável que foi derrotado no primeiro turno em seu próprio berço esplêndido político.

No texto, intitulado "O que Aécio fez em Minas serve para o Brasil?", os professores comentam as irresponsabilidades gerenciais de Aécio no período em que foi governador, transformando Minas no estado mais endividado do Brasil.

Milhares de professores, alunos e comunidades foram extremamente prejudicados pelo governo de Minas Gerais em 2011. Eis algumas informações:

1) O Governo mineiro investe apenas 60% do total dos recursos que deveria investir em educação. O restante vai para fins previdenciários;
2) Desde 2008, há uma diminuição do investimento do governo estadual em educação;
3) No que se refere à qualidade da educação, o Estado de Minas Gerais tem resultado abaixo da média da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE);
4) Apenas 35% das crianças mineiras até cinco anos frequentam estabelecimentos de ensino em Minas Gerais. Onde está o direito à educação de 65% destas crianças?
5) nos últimos seis anos houve uma redução de matrículas no Ensino Médio de 14,18%;
6) O passivo de atendimento acumulado no ensino médio regular entre 2003 e 2011, seria de 9,2 milhões de atendimentos. Isso quer dizer que nem todos os adolescentes tiveram o direito de estudar garantido;
7) Minas Gerais, comparativamente à média nacional, tem a pior colocação em qualidade da escola: 96% das escolas não têm sala de leitura, 49% não têm quadra de esportes e 64% não têm laboratório de ciências
8) O programa professor da família não atinge as famílias mineiras que necessitam de ajuda e tampouco é feito por professores, mas por pessoas sem a formação em licenciatura;
9) O Estado não tem rede própria de ensino profissionalizante, repassando recursos públicos à iniciativa privada.

A respeito dos dados sobre o sistema de avaliação são pouco transparentes, com baixa participação da comunidade escolar e ninguém tem acesso à metodologia adotada para comprovar a sua veracidade.
Quanto à valorização dos profissionais da educação relatada nas peças publicitárias, a baixa participação em inscrições para professor no concurso que a Secretaria de Estado realiza comprova que esta profissão em Minas Gerais não é valorizada.

Em 2011 o governo mineiro assinou um termo de compromisso com a categoria se comprometendo a negociar o Piso Salarial na carreira. Mas, como diria o repórter televisivo quando vai a um bairro fazer uma matéria sobre um buraco no meio da rua: "não cumpriu". O presidenciável voador aprovou uma lei retirando direitos, congelando a carreira dos profissionais da educação até dezembro de 2015. Quem sabe quando for presidente? Se privatizar o freezer pode ser que os salários descongelem.

*Todas as informações são comprovadas por dados publicados pelo próprio governo estadual. "Desinformados (as)" são as senhoras suas mães!


Fonte:
 
Por:  Roney Moraes    |      Imprimir