Categoria Geral  Noticia Atualizada em 17-10-2014

Conversa de Putin e Poroshenko foi cheia de "mal-entendidos"
Presidentes tiveram encontro mediado por l�deres de governos europeus. Objetivo era chegar a solu��o para crise do g�s e conflito na Ucr�nia.
Conversa de Putin e Poroshenko foi cheia de
Foto: g1.globo.com

As conversa��es entre a R�ssia, Ucr�nia e governos europeus nesta sexta-feira (17) estavam "repletas de mal-entendidos e desentendimentos", disse o Kremlin.

O presidente russo Vladimir Putin apertou a m�o do l�der ucraniano, Petro Poroshenko, no come�o de uma reuni�o com l�deres europeus, � margem de uma c�pula �sia-UE, com o objetivo de se chegar a uma solu��o para um cessar-fogo no leste da Ucr�nia e resolver uma disputa sobre fornecimento de g�s.

Diversos l�deres emergiram uma hora depois contando a rep�rteres que havia sido feito progresso e prometendo conversas futuras.

"Foi bom, foi positivo", disse um sorridente Putin a rep�rteres ap�s a primeira reuni�o, realizada nos bastidores de uma c�pula entre l�deres asi�ticos e europeus em Mil�o.

No entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, depois jogou um balde de �gua fria nas esperan�as de qualquer avan�o, dizendo que "certos participantes" haviam tido uma abordagem "absolutamente enviesada, n�o-flex�vel, n�o-diplom�tica" sobre a Ucr�nia.

"As conversas s�o de fato dif�ceis, repletas de mal-entendidos, desacordos, mas, no entanto, elas est�o em andamento, a troca de opini�es est� em progresso", acrescentou.

A chanceler alem�, Angela Merkel, tamb�m deu declara��es pessimistas, ao afirmar que as conversa��es com o presidente russo, Vladimir Putin, em uma reuni�o de c�pula na It�lia n�o tinham levado a um avan�o no impasse sobre a Ucr�nia.

"N�o posso ver avan�os aqui, de modo algum, at� agora", disse Merkel ap�s l�deres da UE se reuniram com Putin e Poroshenko. "Vamos continuar a falar. Registaram-se progressos em alguns detalhes, mas a quest�o principal � a cont�nua viola��o da integridade territorial da Ucr�nia", acrescentou.

Uma mensagem similar emergiu durante a noite ap�s Putin ter se encontrado com Merkel, uma rela��o antes cordial que tem sido colocada � prova perante o apoio de Moscou a rebeldes pr�-R�ssia no leste da Ucr�nia.

A reuni�o, segundo relatos de ambos os lados, teve pouco progresso, e o Kremlin alertou para "s�rias diferen�as" que permanecem na an�lise da crise.

O Ocidente imp�s san��es sobre a R�ssia em resposta � sua anexa��o da Crimeia, antes territ�rio ucraniano, e por seu apoio aos separatistas na Ucr�nia.

L�deres europeus pediram que a R�ssia tome mais provid�ncias para encerrar as constantes e mortais viola��es de um cessar-fogo acertado entre Putin e Poroshenko no m�s passado em Minsk, dizendo que a R�ssia precisa cumprir seus compromissos.
Crise do g�s

A reuni�o em Mil�o era um sinal encorajador para Moscou, Kiev e para o Ocidente, em vista de um embate sobre a decis�o da R�ssia de cortar o abastecimento para a Ucr�nia por causa da crescente d�vida.

A Ucr�nia enfrenta uma poss�vel falta de energia neste inverno se nenhum acordo for alcan�ado, o que pode levar tamb�m � interrup��o do abastecimento de g�s para a Europa - o que aconteceu em 2006 e 2009. A Europa recebe um ter�o de sua demanda de g�s da R�ssia, e metade disso vem de gasodutos que passam pela Ucr�nia.

A produtora russa de g�s natural Gazprom GAZP.MM cortou o fornecimento para a Ucr�nia em junho, ap�s Kiev n�o ter pago d�vidas que, segundo a R�ssia, agora somam mais de US$ 5 bilh�es.

Os esfor�os para se chegar a um acordo foram complicados pelo conflito no leste da Ucr�nia. O pa�s e aliados ocidentais acusam a R�ssia de fornecer ajuda a separatistas, algo que Moscou nega.

O conflito causou o maior impasse nas rela��es de Moscou com o Ocidente desde a Guerra Fria, e os EUA e a Uni�o Europeia impuseram san��es sobre a R�ssia por conta da crise.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Ana Luiza Schetine    |      Imprimir