Categoria Geral  Noticia Atualizada em 24-10-2014

1 em cada 3 profissionais se demite por estagnação ou desest
Pesquisa diz que 79% já pediram demissão em algum momento da carreira. Trabalhador com nível superior completo é o mais irritado com estagnação.
1 em cada 3 profissionais se demite por estagnação ou desest
Foto: g1.globo.com

A falta de novos desafios e a escassez de incentivo no ambiente de trabalho são as principais causas dos pedidos de demissões na empresa. Pesquisa da Page Personnel, empresa global de recrutamento especializado de profissionais técnicos e de suporte à gestão, parte do PageGroup, mostrou que 1 em cada 3 profissionais pede demissão por causa da estagnação e da falta de estímulo.

Segundo o levantamento, 18% dos consultados afirmam que pedem demissão por sentirem-se estagnados e 14% por sentirem-se desestimulados. E ainda 79% afirmaram que já pediram demissão em algum momento da carreira.

"Esses dois motivos de insatisfação no trabalho estão motivando a saída de cerca de um terço dos profissionais das empresas. O que podemos entender é que há um problema de liderança, de gestão. É papel do líder manter sua equipe motivada, buscando novos desafios para ela", afirma Ricardo Haag, gerente executivo da Page Personnel.

Entre os profissionais mais irritados com a estagnação no trabalho estão os que possuem ensino superior completo (46%). Em seguida estão: pós-graduação completa (34%), mestrado ou MBA completo (12%) e ensino superior incompleto (7%).

Entre os fatores que motivam profissionais a pedirem demissão, 22% informaram que fazem o pedido quando encontram outra oportunidade, 9% saem por insatisfação com o salário, 8% por ter baixa qualidade de vida, 6% porque o trabalho prejudica sua saúde, 5% para se tornar empreendedor, 4% por não ter muitas atividades no dia a dia, 3% por estar insatisfeito com os benefícios que recebe, 2% por sentir falta de confiança no chefe e 2% por querer mais tempo para se dedicar à família ou aos estudos.

"Outra maneira que ajuda a evitar esse tipo de situação é manter um diálogo constante. Os gestores conseguem eliminar mal-entendidos e indicar aos seus subordinados a real importância que eles têm para a organização. É um procedimento simples, mas de extrema valia para alinhamento de expectativas", explica Haag.

A pesquisa foi realizada com 400 profissionais técnicos e de suporte à gestão, em agosto e setembro deste ano.

Balanço de vida e nível salarial
A faixa etária de 31 a 35 anos (36%) é a que mais se preocupa com o balanço da vida profissional e a qualidade de vida. Os profissionais de 26 e 30 anos aparecem em seguida, com 32%. Completam o ranking: 19 a 25 anos (14%), 36 a 40 anos (12%) e 41 a 45 anos (5%).

Os profissionais com 6 a 10 anos de experiência são os que estão mais incomodados com seu nível salarial (32%). Em seguida estão: 11 a 15 anos (28%), 1 a 5 anos (27%), 16 a 20 anos (10%) e 21 a 25 anos (3%).

Irritação no trabalho
Entre as situações mais irritantes no ambiente de trabalho, a que mais incomoda é uma gestão mal estruturada e sem planejamento (21%). Em seguida aparecem: falta de feedback como motivador (14%), áreas de suporte pouco ágeis ou de baixa performance (7%), gerência sabe menos de mercado do que o subordinado e equipe (7%), pouca infraestrutura (6%), empresa com baixo desempenho (6%), burocracias (6%), cobrança de habilidades ou conhecimentos que não são fornecidos por treinamentos na empresa (4%) e demissões injustas (3%).

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir