Categoria Geral  Noticia Atualizada em 04-11-2014

Gari troca a vassoura por sapatilha e vira professor de balé
Nilton Costa aprendeu a dançar ainda jovem, no Rio de Janeiro. Após dançar na rua como gari, prefeito trocou a função do concursado.
Gari troca a vassoura por sapatilha e vira professor de balé
Foto: g1.globo.com

Um gari de São Vicente, no litoral de São Paulo, resolveu trocar a vassoura pelas sapatilhas e dar aulas de ballet para crianças carentes. Ainda jovem, Nilton Costa teve que abandonar os palcos para se dedicar a limpeza das ruas já que não conseguia sobreviver apenas da dança. Com a vassoura na mão, ele dançava no meio da rua e revelou o seu verdadeiro talento. Após descobrir a história de Nilton, o ex-prefeito da cidade Tércio Garcia mudou a função dele e lhe deu a oportunidade de ensinar o balé para dezenas de pessoas.

Nilton Costa nasceu no Rio de Janeiro, onde morava com a mãe e os irmãos em Duque de Caxias. Ainda criança, ele iniciou no balé. "Eu comecei a dançar com oito ou nove anos. Era uma grande dificuldade. Eu tinha que pegar um ônibus para ir à academia. Ali eu descobri que tinha um potencial grande como bailarino", conta Costa. Aos 20 anos, ele mudou-se para São Paulo para tentar uma vida melhor. "Eu tinha uma situação muito precária no Rio de Janeiro, era muito difícil, eu não podia viver só da dança. Cismei de sair do Rio de Janeiro e vim morar com o meu pai", diz ele.

Nilton Costa nasceu no Rio de Janeiro, onde morava com a mãe e os irmãos em Duque de Caxias. Ainda criança, ele iniciou no balé. "Eu comecei a dançar com oito ou nove anos. Era uma grande dificuldade. Eu tinha que pegar um ônibus para ir à academia. Ali eu descobri que tinha um potencial grande como bailarino", conta Costa. Aos 20 anos, ele mudou-se para São Paulo para tentar uma vida melhor. "Eu tinha uma situação muito precária no Rio de Janeiro, era muito difícil, eu não podia viver só da dança. Cismei de sair do Rio de Janeiro e vim morar com o meu pai", diz ele.

Na Baixada Santista, ele casou e teve filhos. Costa também conheceu várias companhias de dança para continuar no balé. "Meu pai é português e dizia que eu não ia viver da dança, que eu tinha que estudar", conta. Por isso, ele começou se dedicar aos estudos e fazer concursos públicos. Em fevereiro de 2001, Costa foi classificado no concurso da Prefeitura de São Vicente e passou a trabalhar como gari na cidade litorânea.

Apesar de realizar o trabalho como gari com gosto e prazer, a vontade de ser bailarino ainda estava presente. Ele conta que, nas ruas, sentia como se estivesse em um palco, dançando balé. Certo dia, a paixão pela dança falou mais alto. "Deu a louca na minha cabeça. Eu parei em frente a um bingo, que tinha o espelho bem grande, e começou a tocar uma música. Eu peguei a vassoura e comecei a dançar", conta ele. O prefeito de São Vicente, na época, era Tércio Garcia, que passou pelo local naquela hora. "Todo mundo achava que iam me mandar embora, por causa daquele preconceito, o homem fazendo balé. A rua toda parou para me ver dançando e eu com aquela roupa de gari, dançando um ‘balezão’. Foi até a música do Titanic. Foi uma loucura", diz ele.

Depois de alguns dias, o prefeito entrou em contato com Costa e o transferiu de setor. Ele saiu da função de gari para dar aulas de balé no Centro de Convivência e Formação (Cecof) para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, na Vila Margarida, uma região carente da cidade. "Eu percebi que quando você tem um sonho você tem que correr atrás", explica.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir