Categoria Geral  Noticia Atualizada em 06-11-2014

Aécio nega que PSDB tenha feito acordo em CPI
Pelo acordo, requerimentos que convocavam políticos não foram votados. Segundo relator, motivo do acordo foi "prazo exíguo" para o fim da CPI.
Aécio nega que PSDB tenha feito acordo em CPI
Foto: g1.globo.com

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), divulgou nota nesta quinta-feira (6) para negar que seu partido tenha feito "qualquer tipo de acordo que impeça o avanço das investigações" da CPI mista destinada a apurar denúncias de corrupção na Petrobras (leia a íntegra da nota ao final desta reportagem).

Na sessão desta quarta-feira (5) da CPI, líderes partidários anunciaram acordo para não convocar políticos citados pelos delatores da Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. O relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), disse que os líderes decidiram evitar a convocação de políticos por causa do prazo "exíguo" da CPI mista. Os trabalhos da comissão têm duração prevista até 23 de novembro, mas deverão ser prorrogados até 22 de dezembro.

Pelo acordo, dos 497 requerimentos em pauta, somente foram apreciados na reunião desta quarta-feira convites e convocações que não enfrentariam resistência por parte de nenhum partido.

Com isso, não foram colocados em votação requerimentos que convidavam para prestar depoimentos a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros que pediam a convocação dos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Comunicações); do ex-ministro Antonio Palocci; dos senadores Aécio Neves (PSDB), Álvaro Dias (PSDB) e Gleisi Hoffmann (PT); e dos tesoureiros do PSDB Rodrigo de Castro e José Gregori, e do PT, João Vaccari Neto..

Na nota, Aécio Neves – que não é integrante da CPI mista – afirmou que o PSDB "não pactua com qualquer tipo de acordo que impeça o avanço das investigações da CPMI da Petrobras".
"Lutamos pela instalação da CPMI. Temos de ir a fundo na apuração do chamado "Petrolão" e na responsabilização de todos que cometeram eventuais crimes, independentemente da filiação partidária", afirmou Aécio, derrotado no segundo turno da eleição presidencial.


Por meio do microblog Twitter, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) afirmou que foi o PSDB quem "denunciou essa roubalheira" e negou ter firmado "acordo". A investigação dos políticos, segundo o parlamentar, depende do envio, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do conteúdo dos depoimentos prestados por Costa e Youssef em acordo de delação premiada.
"O que ocorreu, na reunião da CPMI de ontem, foi a definição de que, como só restam 30 dias para a finalização dos trabalhos, deveríamos priorizar a investigação sobre as empreiteiras e os outros diretores da Petrobras envolvidos no esquema de corrupção", disse. "Quanto aos políticos, infelizmente nada podemos fazer neste momento, pois estamos no aguardo do envio, pelo STF, dos nomes daqueles que já foram denunciados na delação premiada", afirmou Sampaio pelo Twitter.


Ao abrir a reunião desta quarta-feira, o presidente da CPI mista, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), parabenizou os líderes pelo "entendimento" alcançado em torno dos 497 requerimentos que estavam em pauta. "Desde a semana passada, tentamos alinhavar um entendimento entre os líderes partidários, reconhecendo o volume e a importância dos quase 500 requerimentos a serem deliberados", afirmou Vital diante da comissão.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Ludyanna Ferreira    |      Imprimir