Categoria Geral  Noticia Atualizada em 18-11-2014

Prisão temporária de presos da 7ª fase da Lava Jato vence ne
Grupo está preso desde sexta-feira (14) na carceragem da PF em Curitiba. PF informou que pode pedir a prisão preventiva de alguns dos investigados.
Prisão temporária de presos da 7ª fase da Lava Jato vence ne
Foto: g1.globo.com

A prisão temporária de 17 presos na sétima fase da Operação Lava Jato vence à meia-noite desta terça-feira (18). O grupo está detido na carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba desde sexta-feira (14). Ao todo, 23 pessoas foram presas. Duas pessoas estão foragidas - Adarico Negromonte Filho e Fernando Antônio Falcão Soares, lobista como Fernando Baiano. Os presos estão sendo interrogados pelos delegados da PF desde sábado (15). Pelo menos cinco dos 17 com prisão temporária ainda devem prestar depoimento nesta terça. Ao G1, a PF disse que pode pedir a prisão preventiva de alguns dos que estão com prisão temporária.

A Operação Lava Jato foi desencadeada pela PF em março deste ano e desmontou um esquema bilionário de lavagem de dinheiro. Desde então, várias pessoas foram presas. Entre elas está o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que cumpre a prisão em domicílio, e o doleiro Alberto Youssef, que está preso na carceragem da PF em Curitiba. Nesta última fase, as investigações se concentraram em executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras cujos contratos com a Petrobras somam R$ 59 bilhões. Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF e da Polícia Federal.

Os presos que cumprem prisão temporária são: Alexandre Portela Barbosa, Carlos Alberto da Costa Silva, Carlos Eduardo Strauch Albero, Dalton dos Santos Avancini, Ednaldo Alves da Silva, Ildefonso Colares Filho, Jayme Alves de Oliveira Filho, João Ricardo Auler, José Aldemário Pinheiro Filho, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, Newton Prado Júnior, Othon Zanoide de Moraes Filho, Otto Garrido Sparenberg, Renato de Souza Duque, Ricardo Ribeiro Pessoa, Valdir Lima Carreiro e Walmir Pinheiro Santana.

A expectativa, segundo a PF, é que os depoimentos dos 23 presos da sétima fase sejam colhidos até esta terça. Entre os que já foram interrogados, está o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. O advogado dele, Renato de Moraes, afirmou após acompanhar o depoimento em Curitiba que "em hipótese alguma" o cliente proporá delação premiada à Justiça do Paraná.

Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano", e Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA), não se entregaram à Polícia Federal, embora os mandados de prisão temporária tenham sido expedidos pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Lava Jato na primeira instância.

Em Curitiba, o advogado de Fernando Soares, Mário de Oliveira Filho, afirmou que seu cliente está sendo usado como "bode expiatório" e não tem ligação com o PMDB – ao depor à PF e ao Ministério Público Federal em outubro, o doleiro Alberto Youssef, considerado um dos líderes da organização criminosa desarticulada pela Lava Jato, disse à Justiça Federal do Paraná que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção.

Veja a lista de quem está preso
Sem empresa específica
- Jayme Oliveira Filho (seria ligado ao doleiro Alberto Youssef)

Camargo Corrêa
- Dalton dos Santos Avancini, presidente
- Eduardo Hermelino Leite, vice-presidente
- João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração

Engevix
- Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor
- Gerson de Mello Almada, vice-presidente
- Newton Prado Júnior, diretor

Galvão Engenharia
- Erton Medeiros Fonseca

IESA
- Otto Sparenberg, diretor
- Valdir Lima Carreiro, diretor-presidente

Mendes Junior
- Sérgio Cunha Mendes, diretor-vice-presidente-executivo

OAS
- Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor
- Alexandre Portela Barbosa
- José Aldemário Pinheiro Filho, presidente
- José Ricardo Nogueira
- Mateus Coutinho de Sá Oliveira, vice-presidente do conselho

Petrobras
Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras
Queiroz Galvão
- Ildefonso Collares Filho, ex-diretor-presidente
- Othon Zanoide de Moraes Filho, diretor

UTC
- Carlos Alberto Costa Silva
- Ednaldo Alves da Silva
- Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente
- Walmir Pinheiro Santana

QUEM ESTÁ FORAGIDO:
Sem empresa específica
- Fernando Antonio Falcão Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano
- Adarico Negromonte Filho

MANDADOS JUDICIAIS
Veja a lista em ordem alfabética de mandados de prisão e de condução coercitiva expedidos pela Justiça Federal do Paraná:

Mandados de prisão preventiva
(pessoa pode ficar presa durante o processo)
- Agenor Franklin Magalhães Medeiros (diretor-presidente da Área Internacional da OAS)
- Eduardo Hermelino Leite (vice-presidente da Camargo Correa)
- Erton Medeiros Fonseca (diretor presidente de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia)
- Gerson de Mello Almada (vice-presidente da Engevix)
- José Ricardo Nogueira Breghirolli (funcionário da OAS, em São Paulo)
- Sérgio Cunha Mendes (diretor-vice-presidente-executivo da Mendes Junior)

Mandados de prisão temporária
(pessoa fica presa por 5 dias)
- Adarico Negromonte Filho
- Alexandre Portela Barbosa (advogado da OAS)
- Carlos Alberto da Costa Silva
- Carlos Eduardo Strauch Albero (diretor técnico da Engevix)
- Dalton dos Santos Avancini (presidente da Camargo Correa)
- Ednaldo Alves da Silva (funcionário da UTC, em São Paulo)
- Fernando Antonio Falcão Soares
- Ildefonso Colares Filho (diretor-presidente da Queiroz Galvão)
- Jayme Alves de Oliveira Filho
- João Ricardo Auler (presidente do Conselho de Administração da Camargo Correa)
- José Aldemário Pinheiro Filho (presidente da OAS)
- Mateus Coutinho de Sá Oliveira (funcionário da OAS, em São Paulo)
- Newton Prado Júnior (diretor técnico da Engevix)
- Othon Zanoide de Moraes Filho (diretor-geral de Desenvolvimento Comercial da Vital Engenharia, empresa do Grupo Queiroz Galvão)
- Otto Garrido Sparenberg (diretor de Operações da IESA)
- Renato de Souza Duque (ex-diretor da Petrobras)
- Ricardo Ribeiro Pessoa (responsável pela UTC Participações)
- Valdir Lima Carreiro (diretor-presidente da IESA)
- Walmir Pinheiro Santana (responsável pela UTC Participações)

Mandados de condução coercitiva
(quando a pessoa é obrigada a ir depor e é liberada depois)
- Ângelo Alves Mendes (funcionário da Mendes Júnior, em Belo Horizonte-MG)
- Cristiano Kok (presidente da Engevix)
- Edmundo Trujillo (diretor do Consórcio Nacional Camargo Correa)
- Fernando Augusto Stremel Andrade (funcionário da OAS, no Rio de Janeiro-RJ)
- Flávio Sá Motta Pinheiro (diretor administrativo e financeiro da Mendes Júnior)
- Luiz Roberto Pereira
- Marice Correa de Lima (funcionária da OAS, em São Paulo-SP)
- Pedro Morollo Júnior (funcionário da OAS, em Jundiaí-SP)
- Rogério Cunha de Oliveira (funcionário da Mendes Júnior, em Recife-PE)

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir