Categoria Geral  Noticia Atualizada em 20-11-2014

Conferência da FAO reúne esforços para combater a fome
Em Roma, representantes de 150 países e organizações internacionais debatem medidas para lidar com a subnutrição e a desnutrição, que atingem cerca de 2 bilhões de pessoas. Obesidade, novo problema global, também é tema.
Conferência da FAO reúne esforços para combater a fome
Foto: DW

O balanço apresentado pela anfitriã da segunda Conferência Internacional sobre Nutrição (ICN2), que começa nesta quarta-feira (19/11) em Roma, é uma espécie de balde de água fria. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) aponta poucos avanços desde a primeira e única conferência sobre a situação alimentar no mundo, realizada em 1992.


Assim como naquela época, hoje cerca de 800 milhões de pessoas vão dormir diariamente com fome e ingerem poucas calorias permanentemente. Entretanto, de 1992 para cá, a população mundial passou de 5,5 bilhões para 7 bilhões.
Houve, portanto, uma queda na proporção da fome em relação ao total de pessoas.


Além da fome, outro 1,2 milhão de pessoas sofre de desnutrição, segundo a FAO. Apesar de consumirem calorias suficientes para se sentirem satisfeitas, sua dieta é pobre em vitaminas e minerais importantes, o que pode resultar em cegueira ou anemia, por exemplo.


A desnutrição afeta principalmente mulheres e crianças com menos de cinco anos, segundo um relatório divulgado pela FAO. Para a diretora para Nutrição da agência, Anna Lartey, houve progressos mensuráveis nos últimos 22 anos, principalmente na China, mas o número de crianças subnutridas e desnutridas ainda é muito alto na África subsaariana, na Índia, no Paquistão e na Indonésia.


"Os avanços alcançados estão repartidos desigualmente. Ainda temos regiões com altos níveis de subnutrição e desnutrição. Agora, temos que assegurar que os avanços sejam obtidos numa frente ampla", reforça Lartey.


Especialistas concordam que, teoricamente a quantidade de alimento produzida no mundo é suficiente para toda a população. No entanto, o cultivo onde há carência e a divisão da produção ainda são problemas não resolvidos.

Fonte: DW
 
Por:  Ingrid Leitte    |      Imprimir