Categoria Geral  Noticia Atualizada em 24-11-2014

Nível das represas de SP continua em queda com baixo volume
Somente o reservatório Alto Cotia permaneceu estabilizado com 28%. Já o Cantareira, pior sistema, está com apenas 9,4% da sua capacidade.
Nível das represas de SP continua em queda com baixo volume
Foto: g1.globo.com

O baixo volume de chuvas registrado neste domingo (23) não conseguiu estabilizar os níveis das principais represas que abastecem São Paulo e os mananciais tiveram nova queda nesta segunda-feira (24), segundo a medição da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

O Sistema Cantareira diminuiu 0,1 ponto percentual da sua capacidade, passando de 9,5% para 9,4%. No domingo, a chuva na represa foi de apenas 0,7 milímetros. O atual índice leva em consideração a segunda cota do volume morto do sistema. O volume útil e a primeira cota já foram esgotados.

No mês de novembro, a média esperada de chuvas no Cantareira é de 161,2 milímetros na região dos reservatórios. Até o momento, choveu 100,2 milímetros.

Essa chuva já representa mais que o dobro do que caiu em todo o mês de outubro, quando foi registrado 42,5 milímetros. Porém, mesmo com a precipitação mais forte em novembro, o nível das represas não subiu. Já são mais de 200 dias seguidos de constantes quedas e poucos dias de recuperação.

No Guarapiranga, também houve queda do nível, de 32,3% para 32,2%, apesar da chuva de 0,5 milímetros. A redução de 0,1 ponto percentual foi menor do que a registrada na data anterior, quando caiu de 32,6% para 32,3%, uma diminuição de 0,3 ponto percentual.

O nível armazenado no sistema Alto Tietê recuou de 6,1% para 5,9%. No local, a chuva registrada foi de 1,2 milímetros.

Juntos, Cantareira, Alto Tietê e Guarapiranga abastecem 15,9 milhões de pessoas na Grande São Paulo.

Outros Sistemas
Os outros três sistemas de abastecimento da Grande São Paulo também registraram chuvas entre domingo (23) e segunda (24), mas apenas dois tiveram queda em seus níveis.

No Alto Cotia, com a chuva de 0,6 milímetros, o volume acumulado permaneceu em 28% pelo terceiro dia consecutivo.

No Rio Grande, o nível baixou de 63,8% para 63,4%. A queda de 0,4 ponto percentual ocorreu mesmo com a chuva de 2,2 milímetros.

Já no sistema Rio Claro, a queda foi mais acentuada e passou de 31,9% para 31,3%. A pluviometria do dia foi de 4 milímetros.

Reajuste
Na sexta-feira (14), executivos da Sabesp informaram que o reajuste de tarifas pedido pela Sabesp para aplicação em dezembro deve ser maior que os 5,44% acertados no começo do ano, mas suspenso antes das eleições de outubro.

A empresa, controlada pelo governo do Estado de São Paulo, conseguiu o reajuste em meados de abril, mas na época a Arsesp, agência reguladora do setor, autorizou a aplicação do aumento das tarifas em "momento oportuno".

No caso, o momento oportuno foi dezembro, conforme comunicado da empresa. O diretor financeiro da Sabesp, Rui Afonso, afirmou a analistas em videoconferência que o reajuste pretendido "deverá ser maior que os 5,44%", diante da necessidade de correção monetária. Ele não comentou qual será o índice a ser aplicado.

O processo de revisão tarifária deveria ter sido concluído em agosto de 2013, mas passou por uma série de adiamentos.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir