Categoria Geral  Noticia Atualizada em 26-11-2014

Justiça ouve testemunhas de defesa no processo da morte de B
Segunda etapa da investigação começa nesta quarta-feira, em Três Passos. Serão ouvidas 13 pessoas no Foro da cidade; outras 9 falam na quinta (27).
Justiça ouve testemunhas de defesa no processo da morte de B
Foto: g1.globo.com

Começa nesta quarta-feira (26) a segunda fase do processo criminal que investiga a morte do menino Bernardo Boldrini, em Três Passos, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul. O juiz Marcos Luís Agostini, que conduz os trabalhos, vai ouvir as testemunhas de defesa. Ao todo, 46 pessoas foram arroladas nesta etapa.

A primeira audiência começa às 9h desta quarta-feira (26) no Fórum da cidade e só deve terminar no fim do dia. Treze pessoas devem prestar depoimento. Elas são testemunhas requisitadas pelos advogados de Graciele Ugulini e Leandro Boldrini. Mais 11 pessoas prestarão depoimento na quinta-feira (27).

Duas cartas precatórias já foram realizadas. Uma delas no dia 11 de novembro na Comarca de Campo Novo com cinco testemunhas arroladas pela defesa de Leandro. A outra foi realizada em Rodeio Bonito, na semana passada. Uma testemunha de Edelvânia Wirganovicz foi ouvida.

As próximas cartas precatórias estão marcadas para sexta-feira (28) em Santo Augusto (três testemunhas de Graciele). Também haverá o mesmo procedimento no dia 9 de dezembro em Ijuí, dia 10 de dezembro em Frederico Westphalen e 17 de dezembro em Passo Fundo. Haverá audiências ainda em Porto Alegre, Santa Maria e Itapema (SC).

O corpo de Bernardo, de 11 anos, foi encontrado no dia 14 de abril enterrado em um matagal na área rural de Frederico Westphalen, a cerca de 80 km de Três Passos, onde ele residia com a família. Ele estava desaparecido desde 4 de abril.

Além do pai, a madrasta, Graciele Ugulini, a amiga, Edelvânia Wirganovicz, e o irmão dela, Evandro Wirganovicz, também são réus pelo assassinato do menino. Os quatro estão presos e respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Quanto ao local para processar a ação, o desembargador ressaltou que não há como afastar a competência da Comarca de Três Passos, já que foi lá que o crime foi planejado e onde se realizou a investigação. O recurso da defesa de Leandro Boldrini ainda precisa ser julgado pela Quinta Turma do STJ, mas não há previsão de data.

Entenda
Conforme alegou a família, Bernardo teria sido visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No dia 6 de abril, o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.

No início da tarde do dia 4, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.

O pai registrou o desaparecimento do menino no dia 6, e a polícia começou a investigar o caso. No dia 14 de abril, o corpo do garoto foi localizado. Segundo as investigações da Polícia Civil, Bernardo foi morto com uma superdosagem do sedativo midazolan e depois enterrado em uma cova rasa, na área rural de Frederico Westphalen.

A denúncia do Ministério Público apontou que Leandro Boldrini atuou no crime de homicídio e ocultação de cadáver como mentor, juntamente com Graciele. Conforme a polícia, ele também auxiliou na compra do remédio em comprimidos, fornecendo a receita Leandro e Graciele arquitetaram o plano, assim como a história para que tal crime ficasse impune, e contaram com a colaboração de Edelvania e Evandro.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir