Categoria Geral  Noticia Atualizada em 27-11-2014

"Pena máxima para este monstro", pedem familiares de Mara De
Júri popular de acusado começou por volta das 9h35 desta quinta-feira (27). Jovem de 19 anos foi esquartejada em maio deste ano em Joinville.

Foto: g1.globo.com

Familiares e amigos de Mara Decker, a jovem de 19 anos que foi assassinada em maio deste ano, levaram cartazes em frente ao fórum de Joinville, Norte de Santa Catarina, onde o julgamento ocorre nesta quinta-feira (27). Com dizeres de "pena máxima para este monstro", as cerca de 15 pessoas que estavam no local antes do começo da sessão pediam a condenação do réu. O julgamento começou por volta de 9h35.

Mara desapareceu na madrugada do dia 1º de maio e foi encontrada morta dois dias depois. A mãe do réu Leandro Emílio da Silva Santos foi quem o denunciou. O rapaz de 27 anos se entregou à polícia no dia 5 de maio e confessou o crime. Ele afirmou ter estrangulado a jovem com uma gravata e depois a esquartejado. Há pouco mais de um ano, Leandro foi condenado pela Justiça por ameaça contra uma ex-namorada. Ele também é reú em outros dois processos por violência contra mulher.

Cerca de 15 familiares e amigos de Mara estavam na frente do fórum antes do julgamento. Eles vestiam camisetas com a foto da universitária e com cartazes, um deles com os dizeres "pena máxima para este monstro". "Hoje é um dia difícil porque terei que viver tudo de novo. Mas quero que a Justiça seja feita", disse a mãe da vítima, Luíza Decker. "Queremos Justiça, queremos que pegue a pena máxima", afirmou o pai, Romildo Decker.

Estratégias
O salão do júri ficou lotado. A estratégia da defesa de Leandro é desqualificar os crimes de ocultação de cadáver, cárcere privado e estupro. O advogado Antônio Lavarda explicou que "como ele é réu confesso, nós vamos provar que não houve os outros crimes. Ele confessou o homicídio e os outros crimes não aconteceram. O Leandro esquartejou para se livrar do corpo, e não para ocultar".

O promotor Ricardo Piladino acredita que, pela quantidade de provas e testemunhas, Leandro vai ser condenado. "Não tenho dúvida da pena de 60 anos", afirmou.

Crime
Leandro será julgado por homicídio quadruplamente qualificado, cárcere privado, estupro de vulnerável, destruição e ocultação de cadáver. Mara foi encontrada morta no dia 3 de maio na casa do acusado após sair de um restaurante da Via Gastronômica de Joinville. Os dois pegaram um táxi juntos quando saíram do estabelecimento.

Versão do suspeito
Em maio, Leandro disse ao delegado que conheceu a jovem em abril. Ele afirmou que vítima era conhecida de sua ex-mulher e era por isso que o provocava. Conforme o homem, Mara foi atrás dele no dia do crime, logo depois de sair do bar onde os dois estavam.

Ele afirmou que ao entrar no táxi, ela teria dado um tapa no rosto dele. Então ele puxou o cabelo da jovem e a colocou dentro do veículo. Quando chegou em casa, desceu sozinho e ela teria saído do táxi por vontade própria. Leandro contou que Mara continuou provocando ele até entrar em casa. Ele teria a estrangulado com o braço e na sequência usou uma gravata que utiliza em serviço para matar a vítima.

O suspeito também confirmou que mutilou a jovem e deu indícios de que pretendia esconder o corpo. "Ele deixou o corpo no chão, mas não soube responder mais o que pretendia fazer. Quando deu por si, parou, diz que se arrependeu e saiu caminhando sem rumo certo", conta o delegado.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir