Categoria Geral  Noticia Atualizada em 29-11-2014

Dólar sobe mais de 1% e crava 3º mês seguido de alta
Moeda avançou 1,66%, a R$ 2,5716 na venda. No mês de novembro, moeda teve valorização de 3,75%.
Dólar sobe mais de 1% e crava 3º mês seguido de alta
Foto: g1.globo.com

O dólar fechou o último pregão do mês de novembro em alta, ainda refletindo as dúvidas sobre a continuidade do programa de intervenções diárias do Banco Central, após o presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, afirmar na véspera que o estoque de derivativos cambiais já atende à demanda por proteção.

A moeda norte-americana encerrou a sexta-feira (28) em alta de 1,66%, a R$ 2,5716 na venda, após subir mais de 2% na máxima da sessão.

Já a Bovespa fechou em queda de 0,10%, aos 54.664 pontos e fechou o mês praticamente estável, com variação positiva de apenas 0,07%.

Dólar sobre quase 15% em 3 meses
No mês de novembro, o dólar avançou 3,75%, acumulando alta de 14,85% nos últimos três meses. No final de agosto, a moeda estava sendo vendida a R$ 2,239.
Na comparação com o última dia de 2013, a valorização é de 7,54%.

Segundo analistas, a trajetória do câmbio no curto prazo será definida pelas sinalizações da autoridade monetária sobre sua intervenção no câmbio e pela capacidade da nova equipe econômica de sustentar a confiança do mercado.

"O mercado vai observar o BC de perto. Neste momento, está claro que não falta liquidez, mas podemos ver alguma tensão inicial se as ofertas de fato acabarem", disse à Reuters o sócio-gestor da Queluz Asset Management, Luiz Monteiro, que acredita que o BC reduzirá "de forma significativa" a atuação.

Em entrevista coletiva logo após o anúncio de que Tombini continuará como presidente do Banco Central no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, ele afirmou que o atual estoque de swaps cambiais - que na véspera equivalia a posição vendida de cerca de US$ 105 bilhões dólares - "já atende de forma significativa" à demanda por proteção cambial da economia.

Mas Tombini negou, em vídeo publicado na página da internet do Palácio do Planalto, que teria sinalizado mudança no programa de intervenção no câmbio.

As dúvidas sobre o futuro do programa de swaps desviaram a atenção dos investidores em relação à próxima equipe econômica- que, além de Tombini, inclui Joaquim Levy e Nelson Barbosa - e à decepção com o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A economia brasileira cresceu 0,1% no terceiro trimestre contra os três meses anteriores, tirando o país da recessão técnica.

Programa de intervenções
O BC vem intervindo diariamente no câmbio desde agosto do ano passado para oferecer hedge cambial e limitar a volatilidade. Atualmente, atua por meio de vendas diárias de até 4 mil swaps que devem continuar "pelo menos até o 31 de dezembro".

Se a autoridade monetária adotar a estratégia de manter esse estoque constante, como entendeu o mercado, poderia fazê-lo de duas maneiras diferentes: deixar de vender swaps diariamente e manter a rolagem integral, ou reduzir tanto a oferta diária quanto as rolagens.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps, com volume equivalente a US$ 197,6 milhões. Foram vendidos 1,6 mil contratos para 1º de junho e 2,4 mil para 1º de setembro.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir