Categoria Geral  Noticia Atualizada em 29-11-2014

Grupo de mulheres vai a delegacia prestar queixa contra Vere
Vereador comentou que uma mulher era vagabunda e merecia ser surrada. Grupo acredita que pronunciamento seria uma incitação a Violência.
Grupo de mulheres vai a delegacia prestar queixa contra Vere
Foto: g1.globo.com

Um grupo de mulheres foi até o Departamento de Apoio a Grupos Vulneráveis (DAGV), na tarde desta sexta-feira (28), para prestar queixa contra o pronunciamento feito pelo Vereador Agamenon Sobral (PP), na tribuna da Câmara de Vereadores de Aracaju, diante de uma notícia falsa destacada pelo parlamentar. Na ocasião, o vereador disse que a mulher era vagabunda e que merecia ser surrada.
As mulheres fazem parte de movimentos Sociais De Defesa e Proteção A Mulher e foram formalizar uma queixa na delegacia especializada através de uma carta denúncia, por que acreditam que o pronunciamento do parlamentar seria uma incitação a Violência.
De acordo com assessoria de imprensa do vereador Agamenon Sobral, ele só vai se pronunciar mediante a oficialização da denuncia.
A assessoria informou ainda que o seu pronunciamento na Câmara de Vereadores não tinha como intuito ofender a mulher e sim destacar o respeito em relação a igreja.
Entenda o caso
Em uma sessão realizada na terça-feira (25), na Câmara dos Vereadores de Aracaju, o Dia Internacional de Combate à Violência Contra Mulher, foi destaque no discurso da vereadora Lucimara Passos, (PCdoB).
Com uma calcinha nas mãos, a vereadora usou parte da sua fala na Tribuna para se referir aos comentários feitos pelo vereador Agamenon Sobra (PP), na semana passada, sobre uma mulher cujo casamento foi cancelamento por ela estar sem calcinha. Na ocasião, o parlamentar teria dito que mulher merecia ter sido surrada.
"O foco do meu discurso não era exibir uma calcinha. Isso foi feito para chamar à atenção contra as atitudes de preconceito relacionados a mulher. Como a realizada pelo vereador Agamenon. Atitude essa que ajuda a promover o preconceito contras às mulheres que não seguem um determinado padrão de comportamento".
"Isso vai contra toda uma luta de anos, que travamos para nos libertar da opressão masculina. Não tem como calar diante de uma pessoa que tem acesso a Tribuna da Câmara e a imprensa para fazer esse tipo de comentário", desabafou.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir