Categoria Geral  Noticia Atualizada em 01-12-2014

Ideli Salvatti anuncia o resultado final da perícia de Jango
Trabalho foi acompanhado por profissionais da Argentina, do Uruguai, de Cuba, representantes da Cruz Vermelha e do Ministério Público Federal, além da família de Jango
Ideli Salvatti anuncia o resultado final da perícia de Jango
Foto: www.brasil.gov.br

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti, anuncia, nesta segunda-feira (1º), às 11h, o resultado final das análises dos restos mortais do ex-presidente João Goulart.

O trabalho de perícia foi acompanhado por profissionais da Argentina, do Uruguai, de Cuba, representantes da Cruz Vermelha e do Ministério Público Federal, além da família de Jango.

Os restos mortais do ex-presidente foram exumados há um ano, em São Borja (RS), sua cidade natal. Ao todo, três laboratórios foram responsáveis pelos laudos finais:

O brasileiro TASQA Serviços Analíticos, que analisou os gases liberados no momento da exumação;
O português Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, que examinou os restos mortais; e
O espanhol Serviço Externo de Ciências y Técnicas Forenses, que também examinou os restos mortais.
Na última sexta-feira (28), durante entrevista coletiva sobre o cronograma das perícias, a ministra afirmou que "independentemente do resultado da perícia, uma coisa é certa: todo esse trabalho, em si, constitui um passo importante na composição da história do País".

"Seguramente avançamos no fortalecimento da democracia e na reafirmação do direito que todo brasileiro e toda brasileira tem de conhecer sua própria história e a história de seu país", complementou Ideli.

João Goulart (Jango)

João Belchior Marques Goulart (Jango) foi vice-presidente da República pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) nos mandatos dos ex-presidentes Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros. Jango também foi deputado federal e ministro do Trabalho, Indústria e Comércio no segundo governo de Getúlio Vargas.

Após a renuncia de Jânio Quadros, em agosto de 1961, João Goulart assumiu a presidência, no dia 7 de setembro do mesmo ano, porém em regime Parlamentarista.

O golpe militar ocorreu no dia 31 de março de 1964. Entre as razões para a atitude, estão perfil mais ligado à classe trabalhadora e as reformas (agrária, tributária, administrativa, bancária e educacional) promovidas por Jango. Um dos ícones do golpe foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, com o objetivo de dar apoio aos militares.

Após deixar o governo, Jango se refugiou no Rio Grande do Sul. De lá, foi para o exílio no Uruguai e na Argentina, onde morreu, em 1976. O laudo oficial afirma que ele sofreu um ataque cardíaco.

Entretanto, há suspeitas de que ele tenha sido envenenado por uma cápsula colocada no frasco de medicamentos que tomava para combater problemas no coração.

Para a família de Jango, ele teria sido assassinato em uma ação da Operação Condor, aliança entre as ditaduras militares da América do Sul nos anos 1970 para perseguir opositores dos regimes.

Fonte: www.brasil.gov.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir