Categoria Geral  Noticia Atualizada em 01-12-2014

Papa francisco afirma que pretende visitar o Iraque
"Todos n�s precisamos de uma condena��o global", disse Papa Francisco. Papa fez defesa a crist�os do Oriente amea�ados por jihadistas.
Papa francisco afirma que pretende visitar o Iraque
Foto: g1.globo.com

O papa Francisco pediu neste domingo (30) que todos os dirigentes religiosos, pol�ticos e intelectuais mu�ulmanos condenem claramente o terrorismo islamita. As informa��es s�o da ag�ncia France Presse.


O Papa afirmou que seria bom que todos os dirigentes mu�ulmanos do mundo, pol�ticos, religiosos e acad�micos se pronunciassem claramente condenando a viol�ncia que prejudica o Isl�. A afirma��o foi feita em coletiva de imprensa a bordo do avi�o que o levava da Turquia de volta para a It�lia.


"Ajudaria a maioria dos mu�ulmanos se isso sa�sse da boca dos dirigentes. Todos n�s precisamos de uma condena��o global", enfatizou.


"� certo que ante estes atos, cometidos n�o apenas na regi�o (Iraque, S�ria), como tamb�m
na �frica h� uma certa rea��o de repulsa: como se o Isl� fosse assim! Isso me revolta. Muitos mu�ulmanos se sentem ofendidos e dizem: "n�s n�o somos essa gente. O Cor�o � um livro de paz", disse.


Francisco condenou as pessoas que "dizem que todos os mu�ulmanos s�o terroristas". "Tamb�m n�o se pode dizer que todos os crist�os s�o fundamentalistas".


O Papa tamb�m denunciou a "cristianofobia": "os islamitas perseguem os crist�os no Oriente M�dio, e eles devem partir, perdendo tudo ou sendo obrigados a pagar impostos".
E, em certos pa�ses, alguns funcion�rios "perseguem os crist�os com luvas brancas, sem recorrer � viol�ncia, como se quisessem que n�o sobrasse mais nenhum crist�o nesses pa�ses, denunciou o Papa, sem dizer a que pa�ses se referia.


No primeiro dia de sua visita a Turquia, na sexta-feira (28), o Papa j� havia tocado na quest�o do terrorismo islamita. Mas, diante da mensagem do papa, favor�vel � alian�a de religi�es contra o terrorismo e o fundamentalismo, o presidente turco, Recep Tayip Erdongan, denunciou a islamofobia.


Uni�o com ortodoxos

O papa Francisco concluiu neste domingo (30) sua viagem � Turquia com uma energ�tica defesa aos crist�os do Oriente, amea�ados pelos jihadistas no Iraque e na S�ria, al�m de advogar por uma aproxima��o entre cat�licos e ortodoxos, separados h� mais de um mil�nio.
Em uma declara��o conjunta, o soberano pont�fice e o dignat�rio mais prestigiado da
Igreja Ortodoxa, o patriarca Constantinopla Bartolomeu I, asseguraram que n�o podem resignar-se "a um Oriente M�dio sem crist�os".


"Muitos de nossos irm�os e irm�s est�o sendo perseguidos e se viram for�ados, com viol�ncia, a deixar suas casas", lamentam no texto divulgado neste domingo.
"E, infelizmente, tudo isto acontece pela indiferen�a de muitos", completa a nota.


A ofensiva iniciada em julho pelos jihadistas do grupo Estado Isl�mico (EI) no Iraque e na S�ria deixou centenas de milhares de deslocados, incluindo dezenas de milhares de crist�os v�timas de execu��es.


"A terr�vel situa��o dos crist�os e de todos os que est�o sofrendo no Oriente M�dio requer n�o apenas a nossa ora��o constante, mas tamb�m uma resposta adequada por parte da comunidade internacional", insistiram Francisco e Bartolomeu I.


Antes de retornar � Roma, o papa argentino se reuniu com uma centena de jovens refugiados de todas as cren�as procedentes da S�ria, Iraque e Chifre da �frica.
O pont�fice elogiou os esfor�os da Turquia, que alberga mais de dois milh�es de deslocados, mas lamentou pelas condi��es de vida degradantes e intoler�veis.


"Dirijo-me aos chefes pol�ticos para que saibam que a maioria de suas popula��es deseja a paz, embora �s vezes n�o tenha for�as nem voz para pedi-la", acrescentou.
A viagem do papa tamb�m tinha como objetivo estreitar as rela��es entre a Igreja Cat�lica Romana e as igrejas Ortodoxas.


"A �nica coisa que a Igreja Cat�lica deseja e que eu busco como bispo de Roma � a comunh�o com as igrejas Ortodoxas", afirmou Francisco em uma cerim�nia de aproximadamente tr�s horas celebrada em S�o Bartolomeu no dia de Santo Andr�, ap�stolo de Jesus segundo a tradi��o, e patrono da Igreja Oriental.


M�os dadas

Cat�licos e ortodoxos, divididos em numerosas igrejas, est�o separados desde o grande cisma de 1054. Em 1964 Paulo VI e o patriarca Aten�goras se comprometeram com a reconcilia��o, mas n�o houve resultados.


"A Igreja Cat�lica n�o busca impor uma exig�ncia qualquer, e sim a da profiss�o da f� comum", disse Francisco.

Para ilustrar suas palavras, Francisco e Bartolomeu, que se consideram amigos, se abra�aram em Fanar, a sede do patriarcado, diante dos aplausos de alguns fi�is.
A perspectiva de uma reunifica��o, no entanto, parece complicada, dada a rivalidade existente entre as distintas Igrejas ortodoxas, em particular as da R�ssia e de Constantinopla.


Na declara��o conjunta, o papa e Bartolomeu I destacaram "um ecumenismo do sofrimento" como fator de aproxima��o.


O pont�fice aproveitou o discurso para condenar com veem�ncia o atentado cometido na sexta-feira contra a mesquita de Kano na Nig�ria, atribu�do ao grupo islamita Boko Haram, que chamou de "pecado extremamente grave contra Deus".
Com 77 anos, o papa, que parecia cansado durante a viagem, foi aclamado pelas comunidades cat�licas e ortodoxas, embora sua presen�a tenha sido muito mais modesta do que as que costumam receber nos pa�ses crist�os.


Aproximadamente 80 mil crist�os vivem atualmente na Turquia, dilu�dos em meio a cerca de 75 milh�es de mu�ulmanos. Embora sejam tolerados, n�o possuem um status oficial.
Assim como fez Bento XVI h� oito anos, o papa visitou no s�bado a c�lebre Mesquita Azul, onde repetiu a medita��o silenciosa de seu predecessor em um gesto de fraternidade com o
Isl�, antes de visitar a bas�lica de Santa Sofia, que � um museu atualmente.


O Papa confidenciou � imprensa que orou durante sua visita � mesquita, na companhia do Grande �m�, que explicou elementos do Cor�o.

Quando o mencionou uma refer�ncia feita a Maria, a m�e de Jesus, Francisco disse ter sentido necessidade de orar.

"Rezei pela paz, pela Turquia, por todos, por mim. Foi um momento de ora��o sincera", afirmou.

H� oito anos, durante a visita de Bento XVI, surgiu uma pol�mica se o Papa ent�o teria rezado.

No s�bado, o padre Federico Lombardi, porta-voz do Papa, usou o termo "adora��o silenciosa" inv�s de ora��o.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Ingrid Leitte    |      Imprimir