Categoria Geral  Noticia Atualizada em 03-12-2014

"dezenas de políticos participaram de esquema" diz Paulo R.
Ex-diretor de abastecimento disse que corrupção se espalhava pelo país. Paulo Roberto Costa ficou frente a frente com Nestor Cerveró.

Foto: g1.globo.com

Os parlamentares consideram que a acareação de ontem (2) entre Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras, e Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da estatal, que já tinham prestado depoimentos separadamente, rendeu informações importantes.


A sessão durou mais de três horas. Paulo Roberto Costa, que fez delação premiada e já prestou outros depoimentos à Justiça Federal, foi questionado sobre quais políticos estariam envolvidos no esquema de corrupção na estatal. Ele não citou nomes.


Perguntado sobre quantos, ele disse: "o senhor não pode me deixar em situação constrangedora, mas algumas dezenas".


O ex-diretor de abastecimento falou ainda que o esquema de corrupção se repete em outros setores. "Nas rodovias, ferrovias, nos portos, nos aeroportos, nas hidroelétricas. Isso acontece no Brasil inteiro".


Apesar de terem ficado frente a frente, um não se dirigiu ao outro. Nestor Cerveró, que foi apontado por Paulo Roberto Costa como uma das pessoas que teriam recebido propina, voltou a negar a participação no esquema. "Eu volto a repetir que nego isso. Eu já tinha negado isso no meu depoimento. Eu, eu posso debitar isso na conta de uma ilação do Paulo. Eu desconheço esse tipo de pagamento", disse.


Em relação a compra da refinaria de Pasadena, que deu início à CPI da Petrobras, os dois disseram que a responsabilidade era do Conselho de Administração da Petrobras, que foi presidido por Dilma Rousseff. A presidente chegou a dizer neste ano que a compra foi uma decisão tomada com base em um parecer falho de Nestor Cerveró.


O negócio foi aprovado pelo conselho de administração da empresa, que tinha entre seus membros empresários de prestígio.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Ingrid Leitte    |      Imprimir