Categoria Geral  Noticia Atualizada em 03-12-2014

Irmã de Pablo Escobar deixa pedidos de perdão em túmulos
Pablo Escobar e o Cartel de Medelin foram responsáveis por uma lista sangrenta de assassinatos e por caos na Colômbia
Irmã de Pablo Escobar deixa pedidos de perdão em túmulos
Foto: noticias.terra.com.br

Faz 21 anos desde que Pablo Escobar foi morto por uma saraivada de balas em um telhado de uma casa em Medelin, dando fim a seu reinado como o mais famoso traficante de drogas da Colômbia, responsável por milhares de mortes.

Seus crimes podem ser perdoados? Sua irmã vem tentando fazer isso ao deixar bilhetes com pedidos de desculpas nos túmulos de suas vítimas.

"Todos os dias, penso em todas aquelas pessoas que sofreram ou que estão sofrendo por causa de meu irmão, por causa da guerra que ele travou", diz Luz Maria Escobar.

Nos anos 1980, e até sua morte, em 1993, Pablo Escobar e o Cartel de Medelin foram responsáveis por uma lista sangrenta de assassinatos e por caos na Colômbia.

Em 1991, a taxa de homicídios em Medelin, segunda maior cidade do país, era de impressionantes 381 mortes para cada 100 mil habitantes. Cerca de 7,5 mil pessoas foram assassinadas na cidade só naquele ano.

Em sua batalha contra o Estado, Escobar mirava em políticos, policiais, membros de forças de segurança, jornalistas e membros do Judiciário.

Ele declarou esta guerra para impedir que uma lei que permitia a extradição de traficantes para os Estados Unidos fosse aprovada.

Bombas em carros, sequestros, torturas e assassinatos tornaram-se parte do cotidiano.

Em uma tentativa fracassada de matar um candidato à Presidência, Escobar até mesmo derrubou um avião em 1989.

O homem que viria ser eleito presidente, Cesar Gaviria, não estava a bordo, mas centenas de pessoas perderam suas vidas na explosão.

Auge
No seu auge, Pablo Escobar era o sétimo homem mais rico do planeta, e seu cartel controlava 80% do tráfico de cocaína no mundo.

Mas Luz Maria diz que, em 1980, não sabia de nada sobre o envolvimento do irmão com o tráfico de drogas. Isso mudou quando ele anunciou que havia feito um testamento.

"Minha mãe estava muito triste. Ela disse a ele: "Por que está fazendo isso? Está morrendo?". E ele disse: "Estou na máfia, e nenhum mafioso morre de causas naturais ou de doenças. Mafiosos morrem por causa de balas." Nem sabíamos o que significava "máfia". Naquela noite, minha mãe e eu pegamos um dicionário, mas a palavra não constava dele."

Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir