Categoria Geral  Noticia Atualizada em 09-12-2014

Dilma debate pautas trabalhistas com sindicatos
Presidente Dilma Rousseff: ela disse que vai manter a pol�tica de valoriza��o do sal�rio m�nimo.
Dilma debate pautas trabalhistas com sindicatos
Foto: exame.abril

Bras�lia - Ao se encontrar com presidentes de centrais sindicais nesta segunda-feira (8), a presidente Dilma Rousseff se comprometeu a manter uma mesa permanente de conversa com os representantes dos trabalhadores, a partir de janeiro, e disse que vai manter a pol�tica de valoriza��o do sal�rio m�nimo.


Segundo eles, a presidente disse que pretende enviar proposta ao Congresso, ainda este ano, corrigindo a tabela do Imposto de Renda, e vai conversar com a Petrobras sobre os pagamentos dos funcion�rios de empreiteiras envolvidas na Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal.


De acordo com Miguel Torres, presidente da For�a Sindical, a ideia sugerida a Dilma � que a Petrobras pague � Justi�a do Trabalho os sal�rios e a indeniza��o dos trabalhadores, para que eles n�o fiquem sem receber, caso as empreiteiras deixem de honrar seus compromissos.


"O que n�s temos, primeiro, � que garantir o direito dos trabalhadores".


As centrais pretendem contatar o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, para aclarar o assunto.


Segundo ele, 6 mil trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima, em Recife, est�o sem sal�rio h� dois meses. Miguel informou tamb�m que mais de mil trabalhadores foram demitidos no Rio Grande do Sul. Ele disse que qualquer obra dessas que parar agora vai deixar muitos trabalhadores na rua. "N�o estamos aqui querendo acobertar, tem que punir. [Mas] que puna quem realmente tem que ser punido", ressaltou.


Sobre a tabela do Imposto de Renda, Dilma prometeu encaminhar ao Congresso medida que reposicione a corre��o, informaram os sindicalistas.


Neste ano, em pronunciamento pelo Dia do Trabalhador, a presidente declarou que corrigiria a tabela. Logo depois, enviou uma medida provis�ria ao Parlamento com o percentual de 4,5% de corre��o, mas que, por n�o ter sido votada no prazo, perdeu a validade.


"Nos �ltimos oito anos � 4,5% [a corre��o]. Ent�o, n�o atinge a infla��o, e est� aumentando a defasagem, as perdas est�o muito grandes. Queremos que aumente com a infla��o, no m�nimo, e tenha um plano que recupere", avaliou Miguel.


Os representantes de centrais sindicais disseram que a presidente n�o se comprometeu com um percentual espec�fico.


Eles esperam, no entanto, um percentual maior, j� que a infla��o deste ano vai fechar pr�xima ao teto da meta, de 6,5%. Vagner Freitas, presidente da Central �nica dos Trabalhadores, disse n�o ter uma proposta fechada para uma nova f�rmula de corre��o, mas ela deve ser aperfei�oada.


"Reivindicamos que continue o processo de prote��o ao sal�rio m�nimo, programa que foi questionado por economistas conservadores h� um tempo atr�s, dizendo que o aumento do sal�rio causa infla��o. A presidente levou essa reivindica��o e vai se pronunciar sobre isso brevemente", informou Vagner, segundo quem o "debate" de que a manuten��o de emprego e de valoriza��o dos sal�rios foi ganho junto � presidente.


Apesar das reivindica��es, o discurso unificado dos representantes de seis entidades sindicais ap�s a conversa foi o de que Dilma est� disposta a se reunir periodicamente, nos pr�ximos meses, com as centrais sindicais.


"O que acho que foi bom � que ela garantiu uma mesa permanente no ano que vem", disse Miguel, adiantando que em janeiro ser� feito um calend�rio de reuni�es, come�ando pela pol�tica de valoriza��o do sal�rio m�nimo no primeiro trimestre.

Fonte: exame.abril
 
Por:  Ingrid Leitte    |      Imprimir