Fornecimento ficou interrompido por seis meses por dívida e disputas.
Relações foram abaladas devido ao conflito no leste da Ucrânia.
Foto: g1.globo.com A Rússia retomou o fluxo de gás para a Ucrânia nesta terça-feira (9) após ter interrompido o fornecimento por seis meses devido a uma disputa sobre preços e dívidas em aberto, informou o monopólio que controla o transporte de gás na Ucrânia.
"A Ucrânia começou a receber o gás. O volume das importações está em torno de 43,5 milhões de metros cúbicos por dia", disse Maxim Belyavsky, porta-voz da Ukrtransgaz. O fornecimento vai fluir pelo gasoduto bielorrusso de Mozyr, no norte, e pela rota Sudzhe, no leste, acrescentou.
A ex-república soviética consome uma média diária de cerca de 200 milhões de metros cúbicos de gás no inverno.
Sem o gás russo e com a baixa nos estoques de carvão por causa do conflito com separatistas que prejudicou a produção interna, a Ucrânia tem sido forçada a impor amplos cortes de energia.
Com as relações abaladas devido ao conflito no leste da Ucrânia, a Rússia exigiu pagamento adiantado pela Ucrânia para novos fornecimentos durante o inverno, de acordo com um acordo interino firmado em outubro.
Com poucos recursos, a Ucrânia postergou enquanto pode a compra do gás, mas depois de uma onda de frio que levou as temperaturas bem abaixo de zero, a companhia estatal de energia ucraniana Naftogaz transferiu US$ 378 milhões em adiantamento para a russa Gazprom em troca de 1 bilhão de metros cúbicos de gás russo, em dezembro.
As reservas de gás da Ucrânia caíram em mais de 20% desde outubro para 13,3 bilhões de metros cúbicos em 6 de dezembro.
A Gazprom confirmou em comunicado que os envios de gás foram retomados para a Ucrânia.
O pagamentos pelo gás russo e os esforços para manter o valor de sua moeda, a grívnia, forçaram a Ucrânia a desfalcar profundamente suas reservas de divisas internacionais, que caíram a um mínima em dez anos.
O esgotamento dos cofres do Banco Central pode significar que o Fundo Monetário Internacional pode precisar aumentar um programa de resgate de 17 bilhões de dólares.
Uma missão do FMI encontra-se em Kiev nesta terça-feira para abrir novas rodadas de negociações com o novo governo.
Fonte: g1.globo.com
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