Categoria Geral  Noticia Atualizada em 11-12-2014

Medina classifica convivência com Fanning como "grande apren
Treinando e morando junto ao maior rival, brasileiro exalta australiano, atual campeão mundial de surfe
Medina classifica convivência com Fanning como
Foto: www.foxsports.com.br

Convivendo sob o mesmo teto nas semanas que precedem a etapa de Pipeline, no Havaí, que decidirá o campeão do circuito mundial do WCT, os surfistas Gabriel Medina e Mick Fanning vivem momentos de companheirismo antes de caírem na água para disputar o título. Na liderança do ranking, o brasileiro só depende de si para se tornar o primeiro campeão mundial de surfe no País; enquanto o australiano Fanning, atual campeão, precisa de uma combinação de resultados para defender o título.

Prestes a se consagrar no topo do ranking do surfe mundial, após acumular troféus nos campeonatos juvenis organizados pela ASP, Gabriel Medina reconhece que conviver com o adversário é motivo de aprendizado. "Mick é um exemplo de atleta profissional pela vontade que ele tem de treinar. Eu sempre aprendi assistindo ele a surfar, é muito legal estar ao lado de um tricampeão do circuito", comentou. "Com certeza ele me ensinou muito", acrescentou em sabatina promovida pela ASP nesta quarta.

Hospedados na Rip Curl House, sede criada pela fornecedora de material esportivo para abrigar alguns dos atletas, Medina e Fanning se adaptam um às manias do outro para conviverem em harmonia às vésperas da etapa decisiva. "Acho que irrito ele mais do que ele me provoca, sempre acabo fazendo mais barulho que ele", brincou o brasileiro de 20 anos. "Ele fica voando com seu drone por todos os lugares durante o dia inteiro, não para de fazer barulho", falou o australiano, que detém o tricampeonato do WCT.

Tendo acumulado experiência ao longo de suas participações, Fanning se mostra abismado com o reconhecimento dado a Gabriel Medina. "O que passa mais pela minha mente é o quão reconhecido no Brasil, lá tem quase status de celebridade. Nós vemos a histeria do público nos eventos ao redor do mundo, mas quando ele volta para casa o assédio deve ser ainda maior", reconheceu o surfista, apontando algumas coincidências com relação ao brasileiro.

"Nós dois amamos o surfe, obviamente, e eu acho que tanto eu quanto o Gabriel temos uma relação muito forte com nossas famílias. Eu realmente admiro o modo com que a família orienta o Gabriel. Acho que a maior diferença entre nós é com relação a cultura, já que viemos de continentes diferentes", falou Fanning.

Diferentemente das outras etapas do circuito, como a das Ilhas Fiji, por exemplo, onde não há tanta privacidade para o surfista, a praia de Pipeline reserva um ambiente calmo aos atletas, totalmente adequado à introspecção e à preparação individual. "Minha rotina depende das ondas", atesta Mick Fanning. "Eu acordo cedo e surfo logo de manhã, depois do almoço volto para a água e no restante do tempo fico em casa, com meu padrasto e o câmera. Já estou na cama antes das dez da noite", comentou Medina, dando maiores detalhes sobre sua rotina.

Após saber que serve como inspiração para o brasileiro, o tricampeão do circuito fez questão de fazer boas projeções com relação ao futuro de Gabriel Medina, independentemente da conquista ou não no Havaí. "Ele é bom sob qualquer condição e eu adoro seus aéreos. Ele é muito talentoso, e por vezes se mostra o surfista mais motivado do circuito, brincando com todos a sua volta", avaliou. "Se ele continuar assim com certeza vai acumular muitos títulos mundiais no surfe e conseguir uma estátua em uma montanha no Rio, como o Cristo Redentor", brincou Fanning.

Fonte: www.foxsports.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir