Categoria Geral  Noticia Atualizada em 11-12-2014

Suspeito de chefiar milícia em três comunidades Rio é preso
Megaoperação desmontou quadrilha que lucravam R$ 1 milhão por mês. Até as 19h, 17 pessoas haviam sido presas, incluindo três PMs.
Suspeito de chefiar milícia em três comunidades Rio é preso
Foto: g1.globo.com

Um homem suspeito de chefiar a milícia que atuava em três favelas do Rio se entregou à polícia na tarde desta quarta-feira (10). Segundo a Polícia Civil, Tarcísio A. de Moura, vulgo TC, se entregou na Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), na Cidade da Polícia, durante a megaoperação Armagedon, deflagrada pela manhã.
Segundo a polícia, a mulher de TC, presa junto com o tio durante ação policial, foi liberada. Ao ser preso o suspeito informou ser dono do fuzil que estava em poder da mulher.


O objetivo da ação, que contou com 450 agentes, é cumprir 48 mandados de prisão e 123 de busca e apreensão. Até as 19h, 17 pessoas haviam sido presas, 13 devido aos mandados e três em flagrante, por atirarem contra policiais ou por porte ilegal de arma. Entre os detidos estão três PMs. Outros dois estão foragidos. Um ex-PM e um guarda municipal também são procurados (veja a lista completa de presos abaixo).


Segundo a polícia, a quadrilha lucrava cerca de R$ 1 milhão por mês com a exploração de atividades criminosas nas comunidades do Fubá e Caixa D Agua, no Subúrbio do Rio, e no Campinho, Zona Oeste. A polícia informou que dois bingos da quadrilha foram fechados durante a operação. Um dos estabelecimentos funcionava dentro da Associação de Moradores do Campinho, na Zona Norte.


De acordo com o delegado Alexandre Capote, titular da Draco, esses grupos controlavam até a venda de pipa e cerol com o objetivo de mostrar aos moradores, desde cedo, quem dominava a região. "Essa foi uma operação importante, porque é um golpe duro nessa milícia altamente perigosa. Eles controlavam a venda de cerol e pipa para as crianças da comunidade. Nós percebemos que isso funcionava como marketing para mostrar para a comunidade quem eram os líderes", afirmou Capote.


Os três grupos controlavam a distribuição de gás, água e o transporte alternativo nas comunidades. "A organização de canais a cabo, conhecido "gatonet", também era realizada por eles. Outro ponto importante era a exploração de bingos na comunidade", destacou o delegado, ressaltando que um dos bingos encontrados no Morro do Fubá ficava dentro da associação de moradores do local, onde foi encontrado até uma máquina de caça-níquel. Escutas telefônicas, exibidas no RJTV, mostram dois milicianos falando sobre o dinheiro arrecado.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Ingrid Leitte    |      Imprimir