Categoria Geral  Noticia Atualizada em 12-12-2014

Com elogios à acústica, Sala Cecília Meireles reabre no Rio
Reconhecida internacionalmente como um dos principais espaços para a música de concerto do país, a Sala Cecília Meireles, no Largo da Lapa, no centro do Rio de Janeiro, foi oficialmente reaberta na noite de quinta-feira (11) com um concerto para convidado
Com elogios à acústica, Sala Cecília Meireles reabre no Rio
Foto: www.jb.com.br

Há quatro anos e meio fechada para obras de reforma que custaram R$ 47,5 milhões, a sala está agora com o interior modernizado, oferecendo ao público maior conforto e acessibilidade, além da acústica aprimorada.

Antes mesmo da reabertura oficial, o espaço abriu as portas, entre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro, para as provas eliminatórias e semifinais do Concurso Internacional BNDES de Piano, vencido pela russa Daria Kiseleva, de 25 anos. A pré-reabertura, chamada pela direção da casa de soft-opening, serviu de teste para garantir a qualidade total dos novos equipamentos.

"Os resultados foram os melhores possíveis", disse o diretor João Guilherme Ripper sobre a fase de testes. "Hoje temos parâmetros de acústica compatíveis com os das melhores salas do mundo e tenho certeza que o público frequentador da sala vai encontrar aqui um local confortável, acessível e para ficar até [depois] das horas de concerto, porque agora temos também um café que pode ser frequentado mesmo durante o dia", destacou.

Para a reabertura oficial, nesta sexta-feira (12), foi programado um concerto para voz e piano em um misto de canções e poesia de Cecília Meireles, interpretadas por Luisa Francesconi (meio-soprano), Homero Velho (barítono) e Priscila Bonfim (piano), sob a direção cênica de André Heller-Lopes. O programa se assemelha ao concerto que há 49 anos (em 1965) inaugurou a casa, batizada com o nome da poetisa Cecília Meireles, então recém-falecida. Na ocasião, os poemas de Cecília, foram declamados por sua filha, a atriz Maria Fernanda, e a Orquestra do Theatro Municipal executou as Bachianas Brasileiras nº 5, de Heitor Villa-Lobos.

"É uma emoção muito grande, depois de quatro anos voltar a tocar neste palco", disse a pianista Priscila Bonfim. "O som ficou incrível depois da reforma, e som é uma coisa que sempre mexe muito com o músico", elogiou.

A agenda de concertos para 2015 já está praticamente fechada e contempla todas as vertentes musicais que sempre encontraram espaço na sala – da música medieval à contemporânea, passando pela música de câmara, pelo jazz e pela instrumental popular brasileira.

Fonte: www.jb.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir