Categoria Geral  Noticia Atualizada em 12-12-2014

Exportação de carne bovina bate recorde em 2014
Resultado estimado para este ano é menor que o projetado, mas ainda é maior que o de 2013
Exportação de carne bovina bate recorde em 2014
Foto: jornaldaimprensa.com.br

As exportações brasileiras de carne bovina devem encerrar 2014 com faturamento de US$ 7,2 bilhões e 1,58 milhão de toneladas embarcadas. A receita é inferior à projetada pela Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec), que estimava US$ 8 bilhões para este ano. Contudo, ainda é um recorde e representa incremento de 8,6% ante aos US$ 6,7 bilhões obtidos em 2013. Em quantidade houve alta de 4,45%, em comparação a 1,51 milhão de toneladas do ano passado. "Batemos o recorde apesar dos achados priônicos no Mato Grosso e Paraná e de países com problemas políticos", salientou o presidente da Abiec, Antônio Camardelli.

Hong Kong se manteve como principal cliente do produto brasileiro, com faturamento de US$ 1,5 bilhão entre janeiro e novembro, decorrentes da venda de 360,6 mil toneladas, um aumento de 15,16% e 3,61%, respectivamente.

O País se beneficiou do conflito entre a Ucrânia e a Rússia, na Criméia, que gerou embargos de importantes fornecedores russos e fez com que o Brasil ampliasse seus negócios com aquela nação. As exportações de carne bovina aos russos cresceram 13% entre janeiro e novembro em receita e outros 7,25% em quantidade. Já o preço médio aumentou 6,16%. Contudo, para o próximo ano, uma eventual solução do conflito poderá mudar esse cenário favorável.

O Brasil, entretanto, enfrentou recuos significativos nos negócios com o Chile, por exemplo, que registraram queda de 28, 49% no faturamento e 28,20% no volume. Foram vendidas para esse país 50,8 mil toneladas por US$ 264 milhões, em contraste com as 70,7 mil toneladas negociadas por US$ 369, 5 milhões.

Além disso, o caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB, também conhecido como mal da vaca louca) registrado no Paraná em 2010 e divulgado dois anos depois ainda mantém vários mercados fechados ao Brasil, como Arábia Saudita, Japão, Bahrein, Kwait, Líbano Peru e Bielorrússia. Neste ano, o Brasil registrou um novo caso atípico em Mato Grosso, o que retardou a retomada das compras.

Os dois primeiros deverão ser reabertos no próximo ano. Até fevereiro, uma sanitária saudita visitará unidades frigoríficas brasileiras. Em relação ao Japão, a perspectiva é de liberação do produto termoprocessado no primeiro trimestre do ano que vem. "Não podemos nos contentar com isso. Precisamos modificar o fato de o Japão, por convenção interna e a despeito do que determina a lei internacional, não comprar carne in natura de países com status de livre de aftosa com vacinação", salientou Camardelli.

Projeções para 2015 – A abertura destes dois mercados, e também da China, dentre outros, deverá garantir ao Brasil exportações de US$ 8 bilhões e 1,7 milhões de toneladas em 2015. A projeção considera a situação conjuntural da Rússia e da Venezuela, que têm suas economias abaladas pela queda dos preços do petróleo no mercado mundial.

"A China vai ter um impacto positivo nas exportações, compensando eventuais quedas, e, com o retorno da Arábia Saudita, também voltam Bahrein e Kwait. A gente acredita na manutenção das exportações para o Irã e na minimização da crise na Criméia", ponderou Camardelli.

Fonte: jornaldaimprensa.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir