Categoria Geral  Noticia Atualizada em 15-12-2014

"Vou ficar em casa até tudo se resolver", diz brasileiro na
Estudante de 24 anos conta que cidade está em alerta por sequestro. Há boatos de que bombas foram espalhadas pela cidade de Sydney.

Foto: g1.globo.com

"Vou ficar em casa até tudo se resolver, não pretendo sair", diz o estudante brasileiro Henrique Fernandes Silva sobre os momentos de tensão que vive a cidade de Sydney, na Austrália, um homem armado ter invadido um café no centro e feito reféns. Segundo o estudante, que vive na zona norte da cidade, o clima está tenso e várias rotas de ônibus, trem e até de avião foram alteradas, para evitar a região do sequestro. "Há suspeita de que o terrorista tenha colocado bombas em alguns pontos da cidade e a polícia está pedindo pra todo mundo ficar em casa. Mas os australianos estão curiosos e li que muita gente está no entorno para ver o que está acontecendo."
O número de reféns é incerto e a polícia não sabe as motivações do sequestrador. De acordo com uma emissora local de televisão, o homem armado pediu que seja entregue uma bandeira do grupo Estado Islâmico (EI) e advertiu que quatro bombas estão escondidas na cidade. A polícia não confirmou os relatos.
De acordo com o estudante brasileiro, havia temores de um ataque terrorista no país desde setembro. Henrique passava todos os dias pela rua que dá acesso ao Lindt Chocolat Cafe, em Martin Place, mas desde sexta-feira da semana passada parou de trabalhar, portanto deixou de usar os ônibus do local.
"Surpresa"
Morando há um mês na Austrália, o brasileiro Anderson Bento conta que a população de Sydney está surpresa com o sequestro que dura mais de nove horas em uma cafeteria da cidade. "Aqui é um lugar muito tranquilo. As pessoas estão surpresas, porque esse tipo de coisa não acontece. Os índices de criminalidade são muito baixos", destaca.
Segundo Bento, houve corre-corre no momento em que a notícia foi divulgada. "Aparentemente, existiam bombas implantadas pela cidade", lembra. O brasileiro ressalta, no entanto, que não houve tiroteio e que a polícia pediu com tranquilidade para que as pessoas se retirassem dos quarteirões próximos ao café. Ele conta ainda que apenas o centro financeiro de Sydney está isolado e que o restante da cidade teve uma rotina normal durante o dia.
A brasileira Viviane Schmitt, que mora há meia hora do café, conta que a cafeteria é bem movimentada. Viviane destaca ainda que a Opera House, um dos cartões-postais da Austrália, foi esvaziada. "Está uma cidade fantasma. São pouquíssimas pessoas na rua", diz a brasileira.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir