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Juiz da Lava Jato pode aceitar 27 novas denúncias

Sérgio Moro analisará pendências da denúncia da última quinta do MPF. Magistrado transformou nove investigados em réus na sexta-feira (12).
Juiz da Lava Jato pode aceitar 27 novas denúncias

Foto: g1.globo.com

Responsável pelo processo da Lava Jato na primeira instância, o juiz federal Sérgio Moro pode aceitar, nos próximos dias, 27 denúncias oferecidas pelo Ministério Público Federal (MPF) do Paraná que ainda estão sob análise da Justiça Federal. Entre os suspeitos que podem se tornar réus nesta semana estão os presidentes das empreiteiras Camargo Corrêa, Galvão Engenharia, OAS e UTC.

Na última quinta-feira (11), o MPF denunciou 36 investigados na sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal para investigar um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas e que resultou na descoberta de desvio de dinheiro e superfaturamento de obras da Petrobras.

No dia seguinte, Sérgio Moro aceitou denúncia contra nove pessoas por suspeita de participação em crimes como corrupção, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. O magistrado, contudo, deixou para uma nova etapa a decisão sobre se aceitará ou não a denúncia contra os 27 nomes restantes.

Todos os investigados são suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção que pagava propinas para obter contratos com a Petrobras. Em depoimento à Justiça Federal em outubro, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa admitiu que parte do suborno cobrado de fornecedores era direcionada para atender a PT, PMDB e PP. Ele também relatou que as diretorias comandadas pelos três partidos recolhiam propinas de 3% de todos os contratos.

Ao denunciar os 36 suspeitos, os procuradores da República dividiram o material em cinco ações penais diferentes. Até a última sexta-feira, Sérgio Moro havia analisado apenas um desses processos, que trata da participação de executivos da Engevix no esquema.
Entre os denunciados que já viraram réus nessa primeira ação estão o próprio Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef, e quatro executivos da construtora Engevix.

Fonte: g1.globo.com

Por: Ingrid Leitte | Imprimir