Categoria Geral  Noticia Atualizada em 16-12-2014

Brasileira se recupera no hospital após sequestro em café na
Mulher ficou quase 17 horas em poder de um sequestrador em Sydney. Polícia australiana invadiu local e matou homem que mantinha reféns.
Brasileira se recupera no hospital após sequestro em café na
Foto: g1.globo.com

A brasileira que ficou quase 17 horas em poder de um sequestrador na Austrália se recupera no hospital. A família de Márcia Mikhael acompanhou, em Goiânia, os momentos de terror que foram vividos pelos reféns em um café na cidade de Sydney.
Na página pessoal do marido de Márcia, o aviso: ela perdeu o celular na noite do sequestro. Ele diz que a mulher vai ler todas as mensagens nas redes sociais assim que estiver melhor. E Márcia vai ter trabalho. No início da noite, já eram mais de 1,3 mil recados, a maioria comemorando o fato de ela estar bem.
Para os parentes de Goiânia que acompanhavam os desdobramentos pela TV, o alívio. "Ela está bem. Parece que é só um machucado no pé. Dá alívio de ver que não aconteceu nada mais grave", diz um membro da família de Márcia.
A brasileira passou 17 horas como refém dentro de uma cafeteria, em Sydney. Márcia postou mensagens e gravou, a mando do sequestrador, um vídeo falando das exigências.
Os parentes contam que Márcia está internada em um hospital, mas passa bem. Eles não têm detalhes de como ela se feriu, mas já souberam que a brasileira vai ter que passar por uma pequena cirurgia para retirar estilhaços da perna.
Marcia Mikhael mora há quase 30 anos na Austrália. Ela se mudou com os pais, que são descendentes de libaneses, aos 16 anos. Hoje, trabalha em um banco, é casada e tem três filhos.
Os parentes brasileiros ainda não conseguiram conversar com Márcia, mas falaram com a mãe dela, que também mora na Austrália. "Ela disse que a Márcia estava satisfeita, feliz, por estar viva. Ela sentiu muito medo pela morte e nós também", conta Cláudia Maroni, prima de Márcia.
Para o governo australiano, o que aconteceu em Sydney foi um ato de terror praticado por um homem com problemas mentais. A Austrália está convencida de que o homem agiu sozinho. Pelo menos esse é o entendimento do primeiro-ministro australiano Tony Abbott.
Ele disse a jornalistas que seria um erro ligar o sequestrador a grupos extremistas. As investigações indicam que Man Haromn Harris, um refugiado iraniano com histórico de agressões sexuais, teria agido sozinho.
Durante o sequestro, ele exigiu uma bandeira do grupo radical Estado Islâmico, conhecido por decapitar vítimas na Síria e no Iraque.
Depois de quase 17 horas de cerco, a polícia australiana invadiu o café e matou o sequestrador. Dois reféns morreram. As vítimas são uma advogada australiana e o gerente do café. Com o país de luto, as bandeiras estão a meio mastro.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir