Categoria Geral  Noticia Atualizada em 17-12-2014

Justiça aceita denúncias contra mais 17 investigados na Lav
O juiz Sérgio Moro aceitou denúncias que atingem executivos de construtoras como Mendes Júnior, UTC e Camargo Corrêa.
Justiça aceita denúncias contra  mais 17 investigados na Lav
Foto: g1.globo.com

Falta pouco para o juiz Sérgio Moro terminar a análise das denúncias da sétima fase da Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras. Na terça (16), mais 17 acusados se tornaram réus em dois novos processos.
Entre eles estão altos executivos das empreiteiras Mendes Júnior, Camargo Corrêa e UTC.
Até agora das 39 pessoas denunciadas, 36 já são réus em cinco ações que estão na Justiça Federal do Paraná. Na terça-feira (16), o juiz Sérgio Moro aceitou denúncias que atingem executivos das construtoras Mendes Júnior, UTC e Camargo Corrêa. Todos acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo o Ministério Público Federal, essas empreiteiras participaram do chamado clube, o cartel formado pelas maiores construtoras do Brasil para garantir contratos com a Petrobras.
Entre os quatro réus ligados à construtora Mendes Júnior estão o vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, apontado na denúncia como o principal responsável, na empreiteira pelo esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.
Da Camargo Corrêa são três executivos, entre eles o diretor presidente Dalton Avancini. Ligados à UTC são três pessoas, inclusive o presidente da empresa, Ricardo Pessoa, apontado como o coordenador do clube de empreiteiras que fraudavam licitações da estatal. Ricardo Pessoa é réu em duas ações.
Também estão entre os réus:
- o doleiro Alberto Youssef;
- o sócio dele, Waldomiro de Oliveira;
- e o ex-diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa.
Os três são réus em cinco processos dessa fase da operação. O outro sócio de Youssef, Carlos Alberto Pereira da Costa, e um funcionário do doleiro, Enivaldo Quadrado, são réus em dois processos.
Segundo a denúncia acatada na terça-feira (16), a UTC repassou quase R$ 2 milhões para empresas investigadas na Operação Lava Jato.
Ainda segundo a denúncia, o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, recebia cerca de 1% do valor dos contratos e dos aditivos assinados pela Mendes Júnior. E a rede do doleiro Alberto Youssef teria sido usada pela construtora para lavar mais de R$ 8 milhões.
Já os executivos da Camargo Corrêa que agora vão responder na Justiça foram acusados de simular contratos de prestação de serviço e repassar quase R$ 37 milhões de reais de contratos da Petrobras para contas controladas pelo doleiro Youssef.
O juiz federal Sérgio Moro já marcou data para os depoimentos desta fase da Operação Lava Jato. Eles começam em fevereiro. Primeiro o juiz vai ouvir as testemunhas de acusação, depois as da defesa e, em seguida, os réus.
A Camargo Corrêa afirmou que terá a oportunidade de conhecer todos os elementos do processo e que espera um julgamento justo e equilibrado.
A Mendes Júnior não quis se pronunciar.
A UTC declarou que vai se manifestar nos autos do processo.
Outro citado, Carlos Alberto Pereira da Costa, também disse que só se manifestará quando conhecer detalhes dos processos em que figura como réu.
O advogado de Alberto Youssef não quis se pronunciar.
O Jornal da Globo não conseguiu contato com a defesa de Paulo Roberto Costa.
A advogada de Waldomiro de Oliveira disse que espera ter acesso ao processo para se manifestar.
O advogado de Enivaldo Quadrado não foi localizado.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir