Categoria Geral  Noticia Atualizada em 17-12-2014

PT lança bloco e confirma Chinaglia para disputar presidênci
Partido se unirá a PROS, PDT e PCdoB, que juntos reúnem 110 deputados. Chinaglia disputará contra o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha.
PT lança bloco e confirma Chinaglia para disputar presidênci
Foto: g1.globo.com

O PT anunciou nesta terça-feira (16) a formação de um bloco na Câmara dso Deputados com PROS, PDT e PC do B e confirmou a candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) à Presidência da Casa. O acordo com os partidos aliados foi oficializado em almoço que reuniu as principais lideranças das quatro siglas.
A indicação de Arlindo Chinaglia para disputar a presidência da Câmara foi aprovada pela bancada do PT na última quarta (10), mas o partido decidiu que só oficializaria a candidatura se conseguisse o apoio de outros partidos, o que ocorreu nesta terça.
"Formaremos o bloco com esses três partidos e eles apoiarão Arlindo para presidente da Câmara. A expectativa é muito positiva", disse o vice-líder do PT Paulo Teixeira (SP).
O PT é o partido com a maior bancada na próxima legislatura (70 deputados). O PDT terá 19, o PROS, 11, e o PC do B, 10. Juntos, as quatro legendas reúnem 110 dos 513 deputados da Câmara.
Apesar do anúncio do bloco, a oficialização só ocorrerá em janeiro, já que as negociações continuam. Outras siglas ainda poderão aderir. "Por enquanto temos quatro partidos, mas esse é o início. Estamos conversando com outros", disse Teixeira.
Chinaglia enfrentará o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), que formalizou a candidatura no último dia 2. Um terceiro possível candidato é o deputado Júlio Delgado (PSB-MG). Ele conseguiu o aval do partido para buscar apoios para a candidatura.
Eduardo Cunha é desafeto do Palácio do Planalto por assumir uma postura mais independente mesmo pertencendo ao partido do vice-presidente da República, Michel Temer. Ele chegou a liderar rebeliões da base aliada e impôs diversas derrotas ao governo em votações na Câmara.
Cunha já recebeu o apoio de Solidariedade e do PSC. A expectativa é que mais legendas deem aval à candidatura dele. As conversas estão avançadas com PTB e PR, partidos que, com PMDB, SD e PSC, compõem o chamado "blocão", grupo de descontentes com o governo federal e que atuam de forma independente.
O principal argumento dos parlamentares que apoiam a candidatura do peemedebista é a postura mais independente em relação ao governo federal e o fato de ele não pertencer ao mesmo partido da presidente Dilma Rousseff, o que garantiria mais autonomia do Legislativo em relação ao Executivo.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir