Categoria Geral  Noticia Atualizada em 18-12-2014

Criação de empregos formais tem pior mês de novembro
No mês passado, foram geradas 8.381 vagas com carteira assinada. Na parcial do ano, foram criados 938 mil postos, com queda de 39%.
Criação de empregos formais tem pior mês de novembro
Foto: g1.globo.com

O país gerou 8.381 vagas de emprego formais no mês de novembro, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quinta-feira (18). De acordo com o governo, o saldo de postos gerados é resultado da admissão de 1.613.006 e da demissão de 1.604.625 trabalhadores.
Segundo dados oficiais, o saldo de empregos gerados em novembro representa uma queda de 82% em relação ao mesmo mês de 2013, quando foram criados 47.486 postos de trabalho com carteira assinada. O resultado também é o pior para um mês de novembro desde 2008, durante a crise financeira mundial, quando foram cortadas 40.821 vagas formais – ou seja, é o pior em seis anos.

Apenas três dos oito setores da economia pesquisados registraram expansão do emprego em novembro, informou o Ministério do Trabalho. O comércio abriu 105 mil vagas e os serviços contrataram 29,5 mil trabalhadores no mês passado. Por outro lado, setores como a indústria de transformação, a construção civil e a agricultura tiveram demissões em novembro, de, respectivamente, 43,7 mil, 48,8 mil e 32,1 mil trabalhadores.

Acumulado do ano

No ano, o saldo de vagas geradas é positivo, em 938,04 mil postos de trabalho com carteira assinada. Com isso, houve uma queda de 39,3% frente ao mesmo período de 2013 – quando foram gerados 1,54 milhão de empregos formais.

O resultado da criação de empregos formais, no acumulado dos onze primeiros meses deste ano, também foi o pior, pelo menos, em 13 anos, ou seja, desde o início da série disponibilizada pelo governo em 2002. Também foi a primeira vez que o saldo ficou abaixo de um milhão neste período.

Os números de criação de empregos formais do acumulado de 2014, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo (até o mês de outubro). Os dados de nvoembro ainda são considerados sem ajuste.
Setores da economia em 2014

Segundo o Ministério do Trabalho, o setor de serviços liderou a criação de empregos formais nos onze primeiros meses deste ano, com 614.782 postos abertos, contra 652.522 no mesmo período do ano passado. O setor inclui trabalhadores como médicos, vendedores de lojas, manicures, corretores de imóveis, garçons e motoristas.

A indústria de transformação, como as refinarias de petróleo, foi responsável pela contratação de 7.990 trabalhadores com carteira assinada no mesmo período. De janeiro a novembro do ano passado, ela abriu 289.937 vagas. O resultado até novembro deste ano foi o pior, pelo menos, desde 2002.

A construção civil, por sua vez, registrou a abertura 25.452 trabalhadores com carteira assinada de janeiro a novembro deste ano, contra 182.454 vagas no mesmo período de 2013. Já o setor agrícola gerou 63.276 empregos nos onze primeiros meses deste ano, contra a abertura de 73.849 vagas no mesmo período do ano passado.

O comércio, por sua vez, registrou a abertura de 191.533 vagas formais de janeiro a novembro deste ano, contra 296.376 vagas abertas nos onze primeiros meses de 2013.
Regiões do país na parcial do ano

Segundo números oficiais, o emprego formal cresceu em todas as regiões do país nos onze primeiros meses deste ano. No período, a Região Sudeste abriu 394.957 empregos com carteira assinada, em comparação com 711.957 no mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, a Região Sul abriu 239.780 (contra 360.803 no mesmo período de 2013).

A região Centro-Oeste foi responsável pela abertura de 107.328 postos formais de emprego de janeiro a novembro deste ano, enquanto que a Região Norte teve a abertura de 48.006 postos de trabalho com carteira assinada. A Região Nordeste, por sua vez, registrou a abertura de 147.972 empregos com carteira nos onze primeiros meses deste ano.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Ingrid Leitte    |      Imprimir